Da colônia Ijuhy à capital nacional das etnias: a multiplicidade étnica e a produção de memórias como fatores de desenvolvimento regional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Palma, Viviane da Rocha
Orientador(a): Herédia, Vania Beatriz Merlotti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/10933
Resumo: O estudo aborda a relação entre a multiplicidade étnica, a produção de memórias e o patrimônio cultural que juntos e de forma planejada, tornaram-se elementos potenciais para o desenvolvimento regional, por meio do turismo, em Ijuí, no Sul do Brasil. A etno-história de imigrantes no contexto das migrações europeias do século XIX é prova da construção territorial desta cidade. Grupos sociais de diferentes etnias que na transposição territorial vivenciaram um novo ecossistema natural e cultural, foram responsáveis pela inserção de hábitos distintos em termos de língua, comércio, produção agrícola, ofícios e padrões arquitetônicos de construção. Essa multiculturalidade a que foram expostos "migrações e hibridizações" expressam relação com a formação da identidade regional e de sua utilização como atrativo turístico. O município de Ijuí foi colonizado inicialmente por 19 etnias e expressa marcas do associativismo como característica resultante deste processo. Portanto, o município reúne grupos étnicos na Festa Nacional das Culturas Diversificadas - FENADI, atualmente em sua 35ª edição, o que autoriza a denominação de "Terra das Culturas Diversificadas". O estudo utilizou como método a História Oral e fez uso de entrevistas narrativas como técnica a fim de analisar a ação dos grupos étnicos que colonizaram Ijuí e identificar os processos pelos quais construíram a espacialidade, a partir das fronteiras culturais estabelecidas na inter-relação multiétnica a qual foram submetidos desde os primórdios da colonização. Como resultado, observa-se a multiculturalidade expressa em materialidades e imaterialidades, já reconhecidas como patrimônio cultural do Estado do Rio Grande do Sul e, desde 2021, com chancela federal, o município de Ijuí passa a ser reconhecido como Capital Nacional das Etnias, tendo a integração dos grupos étnicos como fator decisivo para o desenvolvimento regional por intermédio do turismo local. [resumo fornecido pelo autor]