Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Olivo, Gleison |
Orientador(a): |
Luchese, Terciane Ângela |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ucs.br/handle/11338/3754
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Resumo: |
A presente dissertação se insere na área de História da Educação e objetiva analisar e compreender o processo de constituição dos saberes e dos sentidos escolas rurais do Vale dos Vinhedos – Bento Gonçalves / RS, entre os anos de 1928 a 1958. Estas escolas têm sua gênese ainda no berço da imigração italiana no Rio Grande do Sul, ao final do século XIX sendo, por isso, caracterizadas por uma cultura escolar marcada por processos identitários étnicos italianos. A pesquisa teve como recorte temporal o ano de 1928 a 1958. A narrativa construída teve como objetivo analisar as práticas e os processos que constituíram ou influenciaram os saberes e os sentidos circundantes na escola rural. A investigação assentouse na apropriação metodológica da análise documental histórica e de forma predominante, destaca-se o uso da História Oral. Tais empirias foram compreendidas a partir da História Cultural de forma ampla, plural e dinâmica, cercadas de representações e especificidades, fundamentadas principalmente nos teóricos Burke (2008), Chartier (2002), Certeau (1994). No primeiro capítulo, está a contextualização do locus em que decorre a pesquisa. O segundo é apresentado os saberes que circularam nas escolas rurais e, por último, são apresentados os sentidos que antigos alunos e professores representaram sobre o processo de escolarização vivido no Vale dos Vinhedos. As marcas da etnicidade italiana foram percebidas como aspectos influenciadores dos saberes vivenciados no meio escolar e das representações de sentidos construídos sobre as suas escolas rurais. A análise da pesquisa demonstrou que os Saberes das escolas rurais do Vale dos Vinhedos, contemplavam um conjunto de práticas em que a dinâmica escolar não era permeada somente por saberes ditos científicos, mas também por aspectos do cotidiano e da cultura social. Os ditos saberes científicos estavam fundamentados inicialmente em conteúdos pedagógicos voltados a dimensão italiana, por conta dos manuais escolares serem ofertados e produzidos pelo governo italiano. Depois disso, percebeu-se que o domínio da leitura, da escrita e o domínio das operações básicas da matemática, tornaram-se os saberes científicos fundamentais a serem aprendidos no meio escolar. Os saberes culturais, entendidos como o conjunto de hábitos e tradições populares, como a formação religiosa, moral e cívica, os processos identitários étnicos italiano, uso do dialeto entre outras práticas herdadas da tradição italiana, constituíram o conjunto dos saberes vivenciados nestas escolas rurais. Tal pesquisa pôde evidenciar ainda que os Sentidos que tangenciaram a escola rural, em algumas práticas escolares, estavam ligados numa estreita relação com a comunidade rural. Além disso, a escola é representada pela comunidade com a função social de formação identitária dos sujeitos. A autoridade também foi outro sentido representado à escola. Nela, depositava-se a autoridade como um espaço legitimado para a formação moral, social e religiosa dos sujeitos, sendo a figura do professor percebida de forma hierarquizada. E, por fim, a pesquisa revela a escola com o sentido de “progresso”, em que se acreditava que a escola tinha a função de colaborar no desenvolvimento pessoal e social dos sujeitos. |