A potência estética e humanizadora do contador de histórias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vasconcelos, Roger Andrei de Castro
Orientador(a): Ramos, Flávia Brocchetto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/12986
Resumo: O contar é uma forma de registrar e partilhar a experiência e a cultura humana às gerações. No Brasil, desde a criação do PROLER, o modo de compartilhar a literatura pela contação de histórias vem ganhando força e se configurando como uma forma de mediação cultural. Nesse contexto, questiona-se: como se manifesta a potência estética da contação de histórias na visão de contadores profissionais? Para responder esta pergunta, estabeleceu-se como objetivo geral investigar a contação de histórias como uma atividade dotada de potência estética, a partir da figura do contador de histórias profissional. Para dar conta da questão norteadora e do objetivo estabelecidos, foram analisadas, com base em entrevistas, trajetórias de profissionais que implementaram o PROLER no Brasil bem como de contadores de histórias que atuam no Rio Grande do Sul e que integraram o Projeto Semeando Histórias, aprovado no Edital 09/2020, da SEDAC/RS, observando práticas, procedimentos e estratégias empregadas na arte da contação de histórias. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa. Os dados foram construídos a partir de entrevistas e de vídeos de contações de histórias mesclados com a experiência do pesquisador, que é contador de histórias profissional há 29 anos. A análise dos dados construídos foi inspirada nos princípios da análise de conteúdo de Bardin (1977) e os resultados foram discutidos à luz de Benjamin (1994), Petit (2009) e Zumthor (2018). Os resultados da investigação reiteraram que o ato de contação de histórias mobiliza as pessoas, de modo a evidenciar que há potência estética no processo de mediação cultural. Na contação como arte, estão em sintonia, entre outros pontos, o contador, a história escolhida, o cenário e os interlocutores. Tal como as árvores dispersam suas sementes, os contadores, com sua performance, "emancipam" narrativas, propiciando que as histórias sobrevivam além de seus próprios contadores, como as sementes ultrapassam a árvore que as gerou. [resumo fornecido pelo autor]