Obtenção e caracterização de filmes biodegradáveis de gelatina recuperada de resíduo do couro curtido ao cromo (III) com tratamento enzimático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Brandalise, Elizete Baggio
Orientador(a): Baldasso, Camila
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/3022
Resumo: Polímeros oriundos de fontes não renováveis são amplamente utilizados na produção de embalagens e para uso na agricultura, em confecção de estufas, sacos para produção de mudas e filmes para cobertura de solo. Estes plásticos são resistentes à degradação e após utilização passam a ser um problema ambiental, portanto, o desenvolvimento de materiais biodegradáveis é uma necessidade, visto que são produzidos de fontes renováveis e decompõem-se rapidamente, diminuindo o impacto sobre o meio ambiente. O reaproveitamento total ou parcial de resíduos perigosos, como os de couro curtido ao cromo III, também tem sido alvo de pesquisas por gerar um ganho ambiental se comparado a disposição em aterros indunstriais para resíduos perigosos. Dentro deste contexto, no presente trabalho foram produzidos filmes de gelatina comercial e filmes de gelatina extraída de resíduo de couro curtido ao cromo III, em associação a plastificante e enzima transglutaminase (TGase) como agente reticulante. A enzima TGase foi estatisticamente significativa nas propriedades de solubilidade, ângulo de contato e elongação dos filmes produzidos com gelatina comercial. Para os filmes produzidos com gelatina extraída de resíduo de couro curtido ao cromo III, a enzima TGase atuou de forma estatisticamente significativa nas propriedades de solubilidade, umidade, ângulo de contato, permeabilidade ao vapor d água e tensão de ruptura dos filmes. As análises térmicas mostraram que a reticulação enzimática aumentou a estabilidade térmica dos filmes. A análise de infravermelho evidenciou a reticluação da enzima transglutaminase nos filmes pelo deslocamento das bandas. No teste de biodegradabilidade em solo simulado, os filmes degradaram-se em 24 horas, comprovando que o polímero é biodegradável. Este estudo demonstrou a viabilidade da utilização de gelatina recuperada de um resíduo para produzir filmes biodegradáveis com melhorias na suas propriedades com adição de um agente reticulante.