Capital social, família e redução da pobreza: um percurso na literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cunha, José Onofre Gurjão Boavista da lattes
Orientador(a): Petrini, Giancarlo lattes
Banca de defesa: Alcântara, Miriã Alves Ramos de, Cavalcanti, Vanessa Ribeiro Simon, Maia, José Afonso Ferreira, Ulian, Ana Lúcia Alcântara de Oliveira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Família na Sociedade Contemporânea
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ucsal.br/handle/123456730/233
Resumo: Inserido na linha de pesquisa “Família e Sociedade”, esta tese tem por objetivo apresentar o Capital Social e familiar como instrumentos relevantes na geração de políticas sociais efetivas para o combate à pobreza, bem como para o empoderamento de grupos comunitários pobres na busca da superação das suas dificuldades, atuando os seus membros de forma solidária e cooperativa em prol do bem comum. Para tanto, tomou-se como fundamento o estudo do Capital Social, da pobreza e da família, três categorias que ocupam notáveis dimensões nos estudos das Ciências Sociais em particular e em quase todas as demais áreas do conhecimento. O Capital Social, que assume centralidade neste trabalho de tese, revestiu-se do significado que possui hoje somente a partir dos anos 1980 e foi examinado amplamente quanto à sua própria existência, seus conceitos, seu paradigma em construção na direção da maturidade, seu modelo analítico e suas aplicações no mundo real, sua aproximação com a economia e a psicologia, com a contribuição de um grande número de autores, nacionais e internacionais, apontando para o combate à pobreza e fazendo jus à sua condição de instrumento que corporifica o objeto da pesquisa. Já a abordagem da pobreza foi concebida em torno de dois eixos: o primeiro trata a pobreza como um problema para o conhecimento, envolvendo as diversas concepções em torno do tema e trazendo mensurações que dão uma ideia aproximada da sua amplitude e gravidade, e apontam na direção das medidas concretas e de programas orientados para o seu enfrentamento efetivo; o segundo eixo consiste em trabalhar a pobreza como um problema para a ação, compreendendo a proteção social e as políticas públicas que erigiram a sua redução quantitativa como um importante elemento da atuação do Estado e de outras organizações nesse campo específico. Foram examinados textos de autores que estudaram a temática no âmbito das variadas áreas do conhecimento que representam, levantando-se dados e informações a respeito de programas e projetos comunitários bem sucedidos, virtuosos, de superação da pobreza, mediante o uso do Capital Social, tanto no Brasil quanto em outros países, sintetizando-se esse processo de enfrentamento do problema como uma questão inserida na luta pelos direitos humanos e pela sustentabilidade econômica-social-ambiental no planeta. A família, que no período pós-guerra chegou a ser considerada uma instituição ultrapassada, por falta de funcionalidade, nos tempos modernos retomou o seu papel como sujeito social indispensável para acolher e cuidar de crianças e idosos, como referência para seus membros e parceira imprescindível para a implantação de políticas públicas/sociais. Ressalte-se a centralidade da família para o planejamento e a execução de projetos de vida, ponto inicial para que se possa vislumbrar um combate efetivo à pobreza. O projeto de vida tem como objetivos imediatos a melhoria dos níveis de educação, saúde, moradia e emprego e situa-se em direta oposição às estratégias de sobrevivência, que se preocupam unicamente com as necessidades imediatas. A família se reveste de papel fundamental na composição deste trabalho de tese, em especial quanto à abordagem do potencial construtivo do que tem sido denominado Capital Social Familiar, uma noção ainda embrionária com perspectivas promissoras no tocante ao combate à pobreza, através dos bens relacionais produzidos pelas relações pessoais, próprias e únicas, estabelecidas pelos membros da família no seu âmbito e no contexto comunitário em que se encontra estabelecida