Caatinga e a comida do Sertão na microrregião geográfica e cultural de Euclides da Cunha/BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Venâncio Filho, Raimundo Pinheiro lattes
Orientador(a): Flexor, Maria Helena Matue Ochi lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ucsal.br/handle/prefix/776
Resumo: As comidas de diversos territórios baianos estão condicionadas às suas condições climáticas. O estudo da caatinga e a comida do sertão baiano revela, de forma significativa, os valores desse território descrente por muitos, além de particularidades culturais do que é produzido regionalmente, envolvendo princípios de participação comunitária e sustentabilidade. Por conta da vasta extensão do sertão baiano, as identidades territoriais, bem como o patrimônio cultural imaterial que envolve saberes populares e formação cultural específica apresentados nessa tese, foi selecionada para esse estudo a microrregião geográfica e cultural de Euclides da Cunha com destaque para os municípios de Euclides da Cunha, Monte Santo, Canudos e Uauá que revelam uma forte identidade territorial através da memória de seu povo sertanejo, que - apesar das condições climáticas adversas -, indicam estratégias de sobrevivência, ao tempo em que se apontam pratos de sabor realçado, ao gosto dessa região. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivos, identificar, localizar e contextualizar os costumes sertanejos ligados ao clima regional, revelando as heranças e tradições associadas à culinária, que envolve modos de preparos, matérias-primas regionais, crenças, tradições e as receitas criadas ao longo da história, exibindo os resultados desse processo que são as comidas do sertão baiano. Usou-se a metodologia mais recorrente de análise e síntese, utilizando técnicas de procedimento, como consultas bibliográficas, documentais, coadjuvadas por pesquisa de campo, - com uso de entrevistas abertas e observações pessoais buscando mostrar de forma qualitativa e utilizando recursos quantitativos, a culinária do sertão associada à cultura regional. Os dados foram obtidos diretamente nos locais de estudo, auxiliados por outros métodos como o histórico e comparativo, principalmente porque, partiu-se do princípio de que as manifestações culinárias foram se transformando, a partir de influências externas, mas, sobretudo, para demonstrar o valor e importância da comida sertaneja em todo o universo baiano. Como metodologia de procedimento foi feito um levantamento documental de fontes que trataram do tema, tanto bibliográficas como eletrônicas. A observação direta durante os anos de 2016 e 2017, permitiu a identificação dos lugares, do povo, da culinária e das comidas da cozinha sertaneja no espaço e no tempo, identificando as permanências e transformações no território enfocado. As influências externas, especialmente através de associações e cooperativas, fortalecem os modelos tradicionais do fazer secular, promovendo o resgate histórico mostrando que as formas de conviver do sertanejo, podem permitir, também, através da comida, marcar a sua identidade.