As condições de trabalho dos médicos no serviço público do Estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodrigues, Joana Rêgo Silva lattes
Orientador(a): Borges, Ângela Maria Carvalho lattes
Banca de defesa: Pitta, Ana Maria Fernandes, Pinto, Isabela Cardoso de Matos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Políticas Sociais e Cidadania
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/123456730/299
Resumo: Esta pesquisa se propôs a estudar eventuais expressões empíricas do debate conceitual da precarização social do trabalho no serviço público de saúde do Estado da Bahia. Nesta perspectiva, o estudo objetivou descrever e analisar as condições de trabalho dos médicos que laboram nas instituições de saúde do Estado, na região metropolitana de Salvador, buscando compreender em que medida essas condições compõem uma das dimensões do fenómeno mencionado. Metodologicamente, a dissertação foi dividida em duas etapas; na primeira, precedeu-se a analise quantitativa das condições de trabalho dos médicos servidores públicos, vinculados diretamente à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), a partir de um tratamento estatístico aos dados secundários obtidos através do questionário constante da pesquisa “Perfil da morbidade e fatores subjacentes às licenças médicas de servidores públicos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia”, financiada pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB e realizada pela equipe do Instituto de Saúde Coletiva – ISC da Universidade Federal da Bahia, em 2013. A segunda etapa consiste numa pesquisa qualitativa, realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas, com médicos titulares de modalidades contratuais diversas com o Estado. Buscou-se investigar a percepção subjetiva desses médicos sobre suas condições de trabalho e os desdobramentos em suas vidas pessoais e motivação para o trabalho. Os resultados também foram apresentados separadamente: os dados quantitativos, contrariando o que era esperado inicialmente, não conduziram a um quadro consistente de precariedade das condições de trabalho, embora parte não desprezível da amostra tenha destacado aspectos negativos acerca de sua atividade; já analise realizada a partir da visão dos sujeitos envolvidos, destacou efetivamente a precarização das condições de trabalho, traduzidas através da deficiência no ambiente fisico laboral, da sobrecarga de trabalho, da diminuição do grau de autonomia, dos problemas nas relações interpessoais e na violência dada na relação profissional-usuário, além do desgaste profissional. O diagnostico das condições de trabalho oferece contribuições basilares para construção de estratégias de enfrentamento desses problemas que, em larga medida, impacta também no desempenho da prestação dos respectivos serviços públicos de saúde.