Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
López, Vinícius Farani
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Orientador(a): |
Bastos, Ana Cecília de Sousa Bittencourt
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Banca de defesa: |
Chaves, Sara Santos
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Rabinovich, Elaine Pedreira,
Aguiar, Mônica Neves |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica do Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/prefix/4411
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Resumo: |
A tese discute a relação entre memória pessoal (Jung, 2000, Pollak, 1992) e memória coletiva (Halbwachs, 1980, 1992, Wagoner, 2012) a partir das narrativas de membros da mesma família sobre suas lembranças da casa da infância. Sendo a casa da infância contexto comum de vivência socialmente compartilhada, a família torna-se então espaço privilegiado para estudo em profundidade sobre a relação eu-outro. Para tal, o presente trabalho promove diálogo entre estudos da psicologia analítica (Jung, 1971, 1981, 1988, 1999, 2002, 2008, 2011, 2012, 2013, Hillman, 1989, 1993, 2008, 2010, Von-Franz, 1993, 2008, Kalsched, Singer e Kimbles, 2004) com estudos da psicologia cultural (Valsiner, 2017, 2018, Zittoun, 2003, 2003a). A hipótese levantada aponta para a necessidade de construção de pontes metodológicas que reconheçam tanto a construção social e cultural da memória, como a poética (Boechat, 2000) da subjetividade em produzir memórias pessoais e subjetividade. Três dimensões então são valorizadas para as análises de dados: o social, as relações familiares e a subjetividade da pessoa. Foram realizadas entrevistas individuais com membros de três famílias distintas. Uma família de classe média/média-alta composta por um casal, uma filha e um filho; Uma família que conta com ascensão sócioeconômica composta por um casal e suas três filhas: E uma família que foi entrevistada em um pequeno interior próximo à Salvador que passou por grandes dificuldades econômicas. Nesta família foram entrevistados: mãe, padrasto, duas filhas e dois filhos. Todos os entrevistados eram adultos. Três perguntas nortearam as entrevistas: Quais são suas memórias de sua casa da infância? Nesta casa haviam objetos que eram importantes para você? Nesta casa havia algum objeto importante para a família? Seguindo os estudos de narrativas (Ricouer, 1984, Muylaert, 2014), as perguntas serviam como guia do entrevistador e como meio de incitar o recordar. Os resultados enfatizam três aspectos principais: a construção social da memória que repercute na formação da identidade da pessoa; a temporalidade como elemento essencial que afeta a percepção da pessoa sobre o fenômeno; a subjetividade como condição de transformar criativamente tudo que é observado e vivenciado coletivamente. A formação coletiva da memória parte da capacidade humana de ser afetado emocionalmente pelo outro. Vivências compartilhadas produzem memórias coletivas que podem afetar tanto o recordar quanto o esquecimento sobre fatos. Mas, ainda assim, a subjetividade, a mitopoese da psique, a capacidade humana de construir e organizar narrativas a seu modo possibilitam a formação de memórias individuais e de particularidades que formam o Self e a identidade pessoal. |