Compreensão da criminalidade por jovens de famílias classes médias em situação de conflito com a lei

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Bastos, Samira Safadi lattes
Orientador(a): Rabinovich, Elaine Pedreira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Família na Sociedade Contemporânea
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ucsal.br/handle/prefix/1543
Resumo: Refletir sobre e com os adolescentes pertencentes a classes de condição sócio-econômica inferior tem remetido a um estereótipo, não menos real e legítimo, porém repetido, da falta de oportunidades. Assim, a questão que norteou este trabalho foi como os jovens de classe média, em conflito com a lei, percebem o seu ingresso e/ou permanência na criminalidade. Participaram deste estudo de caso seis jovens entre 16 anos e 19 anos, de ambos os sexos, de contextos urbanos, três dos quais sentenciados e três que não passaram pelo sistema judiciário. Os critérios para classificação dos jovens como classes médias foram: renda, bairro de residência da família, ocupação e escolaridade dos pais, e outros, sempre utilizados de forma cumulativa. Nos resultados dois níveis de análise se presentificaram: um nível de dimensões societárias, familiares e individuais e um nível de dinâmicas relacionais, envolvendo questões atinentes à: exercício da autoridade; construção do masculino/feminino; relevância da família; contextos de entrada e permanência na criminalidade; presença/ausência da figura paterna; entendimento do crime; juventude como fatia de mercado consumidor; hedonismo; formas de sociabilidade das juventudes; desenraizamento e vulnerabilizações enfrentadas pelas famílias. Identificamos a necessidade de (re) conhecimento entre jovens de classes sociais diferentes e concluímos que refletir com o jovem de camadas médias sócio-culturais obriga a buscar formas de superação de limitações presentes na elaboração execução das políticas públicas.