Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Santos, Félix Souza
 |
Orientador(a): |
Flexor, Maria Helena Matue Ochi
 |
Banca de defesa: |
Alencar, Cristina Maria Macêdo de,
Nascimento, Vilma Maria do |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Salvador
|
Programa de Pós-Graduação: |
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social
|
Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/123456730/99
|
Resumo: |
Discute-se, essencialmente, aspectos referentes à crise agrícola, que se abateu sobre o território do Recôncavo da Baía de Todos os Santos, na primeira década do século XX. Para isto, privilegia-se a análise das relações sociais e econômicas da região e, discute-se o papel do Estado nessas relações. Entende-se o Estado como sendo a instância política e ideológica, ao mesmo tempo em que era o principal agente indutor das demandas do capital no território naquele momento. Entre o final do século XIX e o inicio do século XX, o Recôncavo da Baia de Todos os Santos foi marcado por um conjunto de transformações sociais, políticas e econômicas que afetaram, direta ou indiretamente, todo o conjunto das relações sociais, de produção e consumo, desse amplo espaço do território baiano. Resultou disso, como em outras partes do Brasil, uma conjuntura de crise na economia, que afetou a agricultura e que perdurou por toda primeira década do século XX, especialmente, durante o governo de José Marcelino de Souza, governador da Bahia no período de 1904 a 1908. Constatou-se que a noção de “crise agrícola” se aplicava, especialmente, aos setores envolvidos com a produção e exportação do açúcar. No caso específico de São Felipe, situado ao Sul desse mesmo Recôncavo, verificou-se uma estrutura econômica centrada em três produtos básicos: mandioca, café e cana. E a existência de trabalhadores na condição socioeconômica de agregado ou rendeiro. Notou-se que a produção, distribuição e consumo, se destinavam ao mercado local, abastecimento da cidade do Salvador e do Sertão. A partir de inventários, testamentos e partilhas de bens, fez-se um levantamento dos níveis sociais e econômicos dos habitantes de São Felipe, evidências de que a essa região de São Felipe, por possuir uma característica de economia de subsistência, a noção de crise agrícola não se aplica integralmente por ter cultura exclusivamente de subsistência e pequena distribuição ou troca com vilas ou municípios vizinhos. A partir dessas evidências, se propõe novas análises em outros municípios de economia subsistência dentro desse mesmo Recôncavo, no sentido de se entender a extensão da crise agrícola e averiguar a hipótese de que uma estrutura de economia, com essas características, seria menos afetada pelas constantes crises produzidas pela nova sociedade republicana capitalista. |