Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Renata Simões Malaquias
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Orientador(a): |
Moreira, Lúcia Vaz de Campos
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Banca de defesa: |
Borges, João José de Santana,
Fornasier, Rafael Cerqueira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/prefix/509
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Resumo: |
A formação precoce de consumidores na infância é um fenômeno contemporâneo que parece estar associado a questões que envolvem a inserção da criança em seus grupos sociais e à exposição a uma ambiência multimidiática, mas, para além desse aspecto, existe a participação dos pais na construção das referências de consumo da família. Esta dissertação de mestrado tem por objetivo investigar como pais e filhos de classe média de Salvador/BA concebem e lidam com o consumo infantil. Os objetivos específicos foram: (1) Investigar como pais e mães avaliam o consumo na sociedade contemporânea; (2) Identificar quais são as orientações fornecidas pelos pais a seus filhos a respeito do consumo; (3) Verificar quais fatores influenciam o comportamento de compra das crianças, nas perspectivas dos pais e dos filhos das famílias investigadas. Para sua realização, foi feito um estudo de casos múltiplos com quatro crianças e seus respectivos pais e mães, totalizando 12 participantes. No período em que foram realizadas as entrevistas, as crianças tinham nove ou oito anos, eram estudantes do 3º ou 4º ano do Ensino Fundamental I de uma escola particular que atende à população de classe média de Salvador/BA e residiam junto com seus pais e mães. Além disso, era necessário que seus genitores tivessem nível superior completo ou cursando. Os participantes foram acessados em uma escola particular, de Salvador/BA, que atende à população de classe média e foram selecionados por meio de sorteio. Os principais resultados apontaram as seguintes informações acerca da concepção e das práticas das famílias entrevistadas quanto ao consumo das crianças: pais e mães têm faixa etária entre 40 e 44 anos e todos são economicamente ativos e responsáveis pelo sustento da família, sem receber apoio de outras pessoas. A maioria dos pais e mães participantes no estudo possui longa jornada de trabalho, conciliando mais de uma atividade, mas revelam priorizar o tempo disponível para dedicarem-se aos filhos e cônjuges. Todos os pais e mães entrevistados demonstram grande preocupação com as formas de consumo da sociedade contemporânea e afirmam fazer controle de gastos, além de oferecer orientações aos seus filhos quanto ao uso do dinheiro. As avós maternas de três das quatro famílias entrevistadas são citadas como pessoas que presenteiam os netos mais do que seus próprios genitores e uma delas é responsável pela mesada da única criança participante no estudo que recebe esse benefício. Tais avós são avaliadas pelas suas filhas, participantes do estudo, como pessoas de consumo exagerado, característica que consideram negativa, mas que, nem sempre, conseguem deixar de repetir. Essa informação demonstra a relevância da intergeracionalidade no comportamento familiar. Embora afirmem ser importante administrar o dinheiro, os pais e mães demonstram não saber como estão distribuídos seus rendimentos mensais. Todas as crianças entrevistadas consideram a família mais importante do que o dinheiro e o consumo. Pela atualidade e relevância do tema, sugere-se dar continuidade às pesquisas nessa área, de forma a compreender melhor o fenômeno. |