Escola, família e comunidade: o lugar da (re)afirmação identitária da juventude do campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Murilo Pinto Silva lattes
Orientador(a): Alencar, Cristina Maria Macêdo de lattes
Banca de defesa: Baiardi, Amilcar lattes, Giugliani, Beatriz, Godinho, Luis Flávio Reis, Sá, Kátia Oliver de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ucsal.br/handle/prefix/3947
Resumo: A presente Tese de Doutorado objetiva demonstrar as relações entre motivações por mobilidade social e a identidade da juventude do campo nas cidades de Inhambupe e Cachoeira, no espaço temporal entre 2011-2019. O problema que motivou essa Tese, e que buscamos entender e explicar, está na pergunta de investigação: a (re)afirmação da identidade da juventude do campo é o que a motiva para sua permanência no espaço rural? Nesse sentido, o objetivo geral desse estudo foi demonstrar se existem relações entre motivações por mobilidade social e a identidade da juventude do campo nas cidades de Inhambupe e Cachoeira, no período supracitado. O alcance desse objetivo se desdobra em quatro outros objetivos específicos: a) sistematizar os múltiplos contextos de construção da identidade; b) caracterizar a juventude do campo e descrever as suas práticas; c) avaliar a Pedagogia da Alternância enquanto ensino contextualizado significativo; e d) analisar as representações da juventude do campo. A pesquisa foi orientada através da hipótese de que a ausência da (re)afirmação da identidade da juventude do campo impacta na sua mobilidade social; ou seja, na decisão entre ficar ou sair do campo. A hipótese complementar foi que, ao não reforçar os sensos de pertencimento, reconhecimento e sinais diacríticos desses jovens, eles se desprenderão das suas raízes devido à fragmentação identitária, independentemente da valoração da autonomia impostas a esses jovens. A escolha metodológica refletiu no estudo de caso múltiplo, examinado em dados de natureza mista – qualitativa e quantitativa, privilegiando o balizamento por revisão de literatura, análise documental, observações direta e participante, entrevistas, questionários estruturados e semiestruturados. Buscamos, ao longo dos capítulos, não dissociar a teoria da prática (a dimensão empírica da Tese) por acreditarmos que ambas se complementam e se fortalecem diante da análise. Concluímos que a identidade dos indivíduos investigados nesse estudo, a Juventude do Campo, não poderá ser (re)afirmada caso esteja desconectada de qualquer um dos elementos pertencentes à tríade escola-família-comunidade; o que acarretaria na fragmentação da percepção no que se refere ao vínculo desse indivíduo ao seu lócus de inserção. A partir desse estudo foi possível afirmar a interferência entre identidade e mobilidade social através da compreensão dos processos de construção, afirmação, reafirmação e fortalecimento da identidade da juventude do campo; reconhecimento da dinâmica de afirmação e reafirmação da identidade; e da importância da interferência dos sujeitos coletivos frente a esse processo, tais como família, escola e comunidade, o que conecta o foco da pesquisa para o subsídio à implantação de políticas públicas educacionais com maior potencial de efetividade devido ao vínculo identitário ao público-alvo.