Alteridade e resistência a estereótipos culturais: pelo direito de ser exceção
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas# #-8792015687048519997# #600 Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Letras# #8902948520591898764# |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/695 |
Resumo: | As diferenças culturais produzem processos de subjetivação e novos signos que identificam o indivíduo, como assinala Bhabha (2005). A relação Eu/Outro pressupõe um encontro marcado no qual o Eu e o Outro se constituem a partir de suas diferenças, o princípio da alteridade. A cultura, as diferenças e as alteridades nem sempre são respeitadas pelo establishment, do qual fazem parte todos aqueles a quem a população confere poder, dentre eles a mídia. Este trabalho trata da análise dos estereótipos culturais impostos pela mídia aos turistas brasileiros que viajam para o exterior, em artigos datados no período em que o Brasil sediou grandes eventos desportivos – período compreendido deste a Copa da Confederações, em 2013, até 2017, um ano após os Jogos Olímpicos Rio 2016. Essa análise é precedida por uma revisão bibliográfica sobre cultura, diferença, alteridade e representação, que contempla essas noções a partir de diferentes áreas do conhecimento que fazem parte dos estudos culturais. Esses pressupostos teóricos dialogam com os diferentes aspectos culturais mencionados pelos estrangeiros que visitaram o Brasil durante a Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016, de forma a contribuir para as discussões e a compreensão sobre alteridade e diferença cultural. Na análise dos textos da mídia, fica claro que seus títulos são muito mais impositivos em relação aos turistas brasileiros do que os comportamentos culturais de outros países a serem seguidos por eles. A forma como a mídia opera discursivamente, em suas reportagens destinadas aos brasileiros que viajam para outros países, permite pensar que ela pode exigir comportamentos culturais de maneira a contribuir para a construção de culturas globais, economicamente muito importantes para o capitalismo, como um programa da própria mídia. Outra leitura que se pode fazer é do o desconhecimento dos jornalistas que escrevem sobre turismo e viagens sobre os estudos da cultura, o que reflete nas reproduções de estereótipos culturais – sem saber que o fazem – dos discursos do sujeito neocolonial. |