RELAÇÕES DIALÓGICAS NO JORNALISMO IMPRESSO: O EPISÓDIO ARACRUZ SOB A PERSPECTIVA DE ZERO HORA
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Letras BR Ucpel Mestrado em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/144 |
Resumo: | Este trabalho estuda notícias publicadas em Zero Hora sobre um acontecimento de grande repercussão na mídia gaúcha, que denominamos para fins de pesquisa como Episódio Aracruz. Para tanto, nossas reflexões se baseiam nos pressupostos teóricos desenvolvidos pelo Círculo de Bakhtin, estabelecendo interlocução com a sociologia e a abordagem ergológica. O objetivo geral da pesquisa é analisar estratégias discursivas eleitas para a produção das notícias sobre o Episódio Aracruz, a partir da cena construída pelo jornal Zero Hora, observando relações dialógicas empreendidas que permitem recuperar características e efeitos de sentido das notícias no jornal impresso. São analisadas as notícias sobre o Episódio Aracruz nas edições de 10 e 12 de março de 2006, contemplando a capa e, mais sucintamente, as páginas internas (4 e 5). Por razões metodológicas, a análise está organizada em dois grupos interdependentes. O primeiro deles apresenta uma reflexão acerca dos recursos verbais eleitos para a construção da notícia. O segundo grupo analisa os recursos visuais utilizados (como cor, espaço e elementos gráficos). Em relação às capas, desdobramos a categoria analítica que trata dos recursos verbais (o primeiro grupo) em outros dois tópicos: (a) designações utilizadas para a chamada sobre o Episódio Aracruz e (b) elementos verbais utilizados em outras chamadas. As reflexões empreendidas ao longo do estudo permitem algumas percepções sobre o objeto de pesquisa, como as posições avaliativas, ideológicas, que se projetam no conjunto dos recursos verbo-visuais, visto que as notícias são uma construção, uma versão especializada, dos acontecimentos. Nesse espaço discursivo, há pistas das estratégias discursivas eleitas pelos jornalistas para apresentar na cena pública as notícias sobre o Episódio Aracruz, deixando ressoar, entre as posições axiológicas assumidas por Zero Hora, o conflito com os movimentos sociais de esquerda. Nas elaboradas relações dialógicas, percebemos a escolha de Zero Hora em abarcar sob a temática da reforma agrária manifestações de protesto. Tal decisão não foge às lógicas da esfera jornalística, que não se ocupa em aprofundar debates, mas em trazer para a cena pública temas que provoquem impacto ante suas audiências, especificidade que requer um olhar crítico dos leitores para a compreensão das relações de sentido que circulam nas páginas dos jornais impressos |