Índice inflamatório nutricional : associação com estado nutricional e avaliação da capacidade prognóstica de sobrevida de pacientes com câncer de trato gastrointestinal e de pulmão pré-quimoterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pastore, Carla Alberici
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento#
#-1990782970254042025#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/505
Resumo: Introdução: A caquexia, síndrome multifatorial comum em câncer, é caracterizada por perda de peso, gordura e músculo, aumentando a morbidade e a mortalidade. O uso de um índice que contemple os níveis séricos de albumina e Proteína C Reativa poderia facilitar a identificação precoce da caquexia e ter valor prognóstico de sobrevida em pacientes oncológicos. Objetivo: Criar um novo índice inflamatório nutricional e estudar sua associação com o estado nutricional e a sobrevida de pacientes oncológicos. Métodos: Estudo transversal incluindo pacientes com câncer de trato gastrintestinal e de pulmão de um serviço público de quimioterapia no Brasil. Foram avaliados os níveis séricos de albumina e Proteína C Reativa (PCR) e criado o Índice Inflamatório Nutricional (IIN) segundo a razão Albumina/PCR. O estado nutricional foi definido pela Avaliação Subjetiva Global. A sobrevida foi avaliada após três anos e meio do início do estudo. Foram testadas as associações entre o IIN, ASG e óbito. Para análise de sobrevida foram utilizadas as curvas de estimativa de Kaplan-Meier. As análise foram realizadas com o pacote estatístico Stata 11.0®. Resultados: Foram avaliados 74 pacientes com idade média de 63,4 ±11,9 anos, 58,1% deles homens. Os cânceres de trato gastrintestinal foram os mais prevalentes (71,6%). Apenas 13,7% dos pacientes estavam bem nutridos e 21,9% apresentavam desnutrição severa. A Proteína C Reativa aumentou significativamente conforme a piora do estado nutricional (p=0,03). Quando avaliada a albumina de pacientes sistemicamente inflamados, não houve associação desta com o estado nutricional (p=0,06). O Índice Inflamatório vii Nutricional variou significativamente em relação ao estado nutricional, independente da presença de inflamação sistêmica (p=0,02). O IIN médio foi de 2,67 e 54% dos pacientes apresentou IIN considerado de risco. Durante o acompanhamento, 49 pacientes foram a óbito (66%). A sobrevida média do grupo com IIN de risco foi significativamente menor que a dos pacientes com IIN normal (0,79 versus 2,33 anos, p=0,002). Metade dos pacientes com IIN de risco faleceram após 0,78 ano, enquanto no grupo com IIN normal isto ocorreu após 2,78 anos (p=0,001). IIN de risco e desnutrição severa segundo ASG foram fatores preditores independentes para menor sobrevida. Conclusão: O IIN demonstrou associação com estado nutricional e capacidade prognóstica, podendo ser uma ferramenta útil, baseada em exames rotineiramente disponíveis e de baixo custo, para avaliação de pacientes oncológicos.