A LÍNGUA CONSTITUI O PROFESSOR: IDENTIDADES (CONFLITANTES) DE PROFESSORES DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Letras BR Ucpel Mestrado em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/258 |
Resumo: | Considerando a importância de compreender a constituição de professores de línguas estrangeiras através das línguas que falam, esta pesquisa traz as vozes de professores de três línguas estrangeiras (espanhol, francês e inglês) e tem como objetivo geral estudar os processos de formação identitária desses professores. Para atingir esse objetivo, pretendi (a) verificar os processos de subjetivação a partir do olhar que têm de si como professores e falantes de línguas estrangeiras, (b) verificar como as suas identidades se filiam ao que a literatura denomina como hibridismo e (c) como se diferenciam identitariamente como falantes de diferentes línguas estrangeiras. Esta pesquisa está baseada em estudos sobre identidade de professores de línguas estrangeiras, da área de Linguística Aplicada, para que se estabeleça um diálogo entre esta e as pesquisas já realizadas sobre o assunto. Ademais, utilizo conceitos advindos do campo dos Estudos Culturais para compreender identidade e cultura, conceitos fundamentais para o estudo. Para concluir os pressupostos teóricos, trago as ideias do Círculo de Bakhtin, de forma a entender a produção de linguagem dos sujeitos da pesquisa, mostrando que são seres irrepetíveis, assim como os enunciados que produzem (além de legitimar a análise e a interpretação dos dados). Esta pesquisa é de caráter qualitativo e conta com a participação de uma professora de espanhol, um professor de francês e um professor de inglês. Para a obtenção dos dados, foram realizadas duas coletas, seguindo os pressupostos de pesquisa qualitativa de Gaskell e Bauer (2002) e Denzin e Lincoln (2006). A primeira coleta foi realizada quando os sujeitos estavam cursando o último ano do Curso de Letras, em uma Universidade Federal, localizada no Rio Grande do Sul. Os sujeitos escreveram textos abertos sob o título Eu falante/professor de língua estrangeira . A partir da análise e interpretação dos textos (à luz das teorias de Bakhtin), foi elaborada uma entrevista dirigida em profundidade, gravada em áudio e vídeo, com três perguntas-guia, cada uma, desdobrando-se em outras perguntas: (1) Qual a tua relação com a língua estrangeira hoje?; (2) Em que momento começou a tua aprendizagem na(s) língua(s) estrangeira(s)? e (3) Acabaste de fazer uma leitura dos textos que escreveste no período da graduação. Algo mudou? As análises e interpretações dessas entrevistas dirigidas estão agrupadas nos nichos: aprendizagem, ensino, língua, diferença, valor e retorno aos textos. Com a ajuda do referencial ao qual me filiei para desenvolver este estudo, verifiquei que os professores se diferenciam identitariamente pelas línguas estrangeiras que falam. Pude constatar que embora eles não sejam conscientes do hibridismo (as fissuras que marcam suas identidades) que vivem, são sujeitos cindidos, fragmentados, líquidos e capazes de revogar e renegociar suas identidades. Por fim, pude observar, ainda, que se identificam de forma bastante distinta como falantes de línguas estrangeiras, cada um assume uma identidade como falante: a professora de espanhol vê a língua espanhola como uma língua estrangeira, embora não seja mais uma língua estranha a ela; o professor de francês se considera falante de duas línguas, o francês e o português e o professor de inglês ainda se sente aprendiz da língua inglesa |