Perfil cognitivo de jovens mães com transtorno de ansiedade
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/814 |
Resumo: | Os transtornos de ansiedade (TA) são prevalentes após o parto e associados a resultados negativos para a mãe e a criança. Sabe-se também que os transtornos afetam a capacidade funcional e cognitiva. Entretanto, os estudos sobre TA perinatal e após esse período fornecem apenas informações sobre prevalência e fatores de risco associados aos transtornos, não comparando a morbidade psiquiátrica com desempenho cognitivo materno. Por isso, os objetivos desse trabalho foram: investigar a associação entre os TA e o desempenho cognitivo nas jovens mães avaliadas entre 24o e 36o mês após o parto; e investigar a associação entre Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) perinatal e 24o e 36o meses após o parto, com o desempenho cognitivo nas jovens mães. Trata-se de um estudo tranversal, aninhado a uma pesquisa de coorte de gestantes adolescentes que realizaram pré-natal pelo Sistema Único de Saúde na cidade de Pelotas-RS. As jovens foram acompanhadas em três momentos: no terceiro trimestre de gestação, 30 e 60 dias após o parto e 24 o e 36 o meses após o parto. Os TA foram diagnosticados pelo Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI-Plus) e a cognição foi rastreada pelo Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Os resultados mostram que baixos escores total no MoCA foram significativamente associados às variáveis sociodemográficas: status marital (p=0,021), educação (p<0,001), ocupação (p=0,007). Quanto às variáveis psiquiátricas, as jovens mães com diagnóstico de algum TA entre o 24 o e o 36 o mes após o parto apresentaram pior desempenho cognitivo no escore total do MoCA (β = -0,10; 95% CI - 0,20; -0,00 p=0,039), nos domínios: atenção, concentração e memória de trabalho (β = -0,04; 95% CI -0,07; -0,00 p=0,012), e memória de curto prazo (β = -0,05; 95% CI -0,08; -0,02 p<0,001), independentemente da presença de um espisodio depressivo. As jovens mães diagnosticadas com TOC crônico apresentaram pior desempenho cognitivo no escore total do MoCA (β= -0,25 IC -0,49; -0,02p<0,05) e na memória de curto prazo (β= -0,27 IC -0,49; -0,04 p=0,02). Conclui-se que a ocorrência de TA perinatal e na avaliação realizada entre o 24o e o 36o mes após o parto é um fator de risco para o comprometimento da função cognitiva materna, afetando principalmente a memória. |