Desempenho ocupacional e sua relação com transtornos emocionais e comportamentais de crianças saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: COSTA, Camilla Oleiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento#
#-1990782970254042025#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/725
Resumo: A saúde e o desenvolvimento infantil são assuntos sempre pertinentes. Na infância e adolescência, os principais problemas relacionados à saúde mental são os transtornos de conduta, de atenção, de hiperatividade e emocionais. O desempenho ocupacional é a capacidade que os indivíduos têm de realizar atividades rotineiras e de desempenhar papeis e tarefas. As crianças têm um repertório menor de ocupações quando comparadas aos adultos. Entretanto, ao se desenvolverem, passam a executar tarefas mais complexas até atingirem o repertório total de atividades, dentro de suas possibilidades. Os transtornos emocionais e comportamentais podem influenciar o desenvolvimento das crianças e, consequentemente, alterar seu desempenho ocupacional. A percepção sobre o desempenho ocupacional de crianças, então, pode estar relacionada a presença de transtornos emocionais e comportamentais. Objetivo: Relacionar problemas de saúde mental mais frequentes na população infantil com a percepção de cuidadores de crianças a respeito do desempenho ocupacional das mesmas. Metodologia: Estudo transversal com pares de crianças escolares da rede municipal de oito anos e seus cuidadores principais. Instrumentos: Para a amostra de crianças foi utilizado um questionário sociodemográfico. Para os cuidadores foram utilizados um questionário sociodemográfico, o Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) e a Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM). Análise dos dados: As variáveis qualitativas foram descritas por frequência e as variáveis quantitativas por média e desvio padrão. Para comparação das variáveis dicotômicas e numéricas foi utilizado o Teste T e para análise das variáveis contínuas foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman. Os valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados: As médias de desempenho ocupacional e satisfação com o desempenho das crianças foram de 5,96 (+2,2) e 5,99 (+2,93), respectivamente. Verificou-se que receber benefício social 6 (p = 0,011) e morar com a mãe (p = 0,048) foram associados ao desempenho ocupacional abaixo da média nas crianças. A média total do SDQ foi de 15,5 (+8). A subescala de sintomas emocionais teve média de 3,85 (+2,72) pontos, a subescala de problemas de conduta de 2,88 (+2,1) pontos, a subescala de hiperatividade de 5,3 (+2,8) pontos, a subescala de problemas de relacionamento com os colegas de 3,4 (+2,7) pontos e a subescala de comportamento pró-social teve média de 8,8 (+1,4) pontos). Foi encontrada fraca correlação entre a média de desempenho ocupacional e as subescalas e total do SDQ. Todavia, evidenciou-se que quanto pior o desempenho ocupacional, mais problemas emocionais e comportamentais a criança apresenta.