Associação entre flatos vaginais e disfunções sexuais em universitárias brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Huttner, Jordana Eichholz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/976
Resumo: Introdução: Os Flatos Vaginais (FV) são definidos como a passagem involuntária de gases pela vagina, e a Disfunção Sexual Feminina (DSF) é caracterizada pela incapacidade de participar do ato sexual como desejado. A fisiopatologia e mecanismo dos FV não está clara, porém pesquisadores observaram um maior tônus do músculo elevador do ânus nas mulheres com FV. No caso das DSF, a dor na relação sexual, também apresenta tônus elevado desta musculatura. Por este motivo, pode existir associação entre FV e DSF, e devido a escassa publicação sobre ambos assuntos, fez-se necessário pesquisas sobre esta temática. Objetivo: Verificar a associação entre FV e DSF, avaliar a prevalência de FV, a prevalência de DSF e outros fatores associados a essas condições em universitárias. Método: Trata-se de um estudo transversal, com amostra de conveniência, composta por universitárias brasileiras. A coleta dos dados foi realizada através da aplicação do Female Sexual Function Index (FSFI), que avaliou a função sexual feminina (desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor), e de um questionário com questões sociodemográficas e relacionadas aos FV, elaborado na plataforma Google Formulários. A análise dos dados foi realizada pelo programa estatístico SPSS. As análises univariadas foram realizadas através de frequências absolutas e relativas, enquanto para análises bivariadas foi utilizado o teste de Qui-Quadrado. Resultados: Das 95 universitárias que participaram da pesquisa, 90,5% relataram a presença de FV e 30,5% tiveram risco para DSF, porém não houve associação entre essas variáveis. Com relação a associação entre DSF e as variáveis de exposição, a prevalência de DSF foi maior entre universitárias que não tinham parceiro fixo, que faziam uso de anticoncepcionais hormonais. Já mulheres que praticavam sexo oral, sexo anal e estímulo do clitóris na relação com o parceiro apresentaram menor prevalência de DSF quando comparado as universitárias que não realizaram essa prática. Conclusão: Não houve associação entre DSF e FV, porém, mesmo com uma população jovem as prevalências de FV e DSF foram consideradas elevadas. Faz-se necessário mais estudos sobre ambos os temas.