O conhecimento das gestantes sobre o plano de parto em unidades básicas de saúde administradas pela UCPel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Macedo, Alana Pacheco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/1011
Resumo: Introdução: O Plano de Parto é um documento de caráter legal, construído pela gestante, preferencialmente com o auxílio de um profissional de saúde durante as consultas de pré natal, após receber informações sobre a fisiologia do parto, para que dessa forma, suas escolhas possam ser baseadas nas suas expectativas, suas necessidades particulares e também no conhecimento científico. Seu principal objetivo é a oferta de um atendimento humanizado, centrado no empoderamento da mulher, tornando-a protagonista do seu processo de parturição, evitando intervenções desnecessárias e a violência obstétrica. Objetivo: Avaliar o conhecimento das gestantes sobre o Plano de Parto e os fatores associados, a fim de orientá-las sobre a importância desse documento. Métodos: Estudo transversal, realizado com gestantes maiores de 18 anos, em acompanhamento pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde administradas pela Universidade Católica de Pelotas. A coleta de dados ocorreu via contato telefônico, para aplicação de um questionário semiestruturado, no período compreendido entre maio e agosto de 2023. Resultados: Foram entrevistadas 151 gestantes, dentre as quais 122 afirmaram não conhecer o Plano de Parto, totalizando 80,8% das participantes. Dentre as gestantes que conheciam, 12,6% sabiam que se tratava de um direito legal, somente 4,6% conheceram através de um profissional de saúde e o médico foi o profissional mais citado entre as gestantes. Ao serem questionadas sobre o direito ao acompanhante, 74,8% das gestantes afirmaram conhecer, entretanto, somente 53% sabiam da sua legalidade. Na análise bivariada, as variáveis escolaridade, renda familiar e primeira gestação apresentaram diferença estatisticamente significativa (p-valor≤0,05) com o desfecho Conhecimento do Plano de Parto, porém na análise ajustada, somente a renda familiar manteve a associação. Assim, foi possível observar que a renda familiar é uma possível preditora do conhecimento sobre o Plano de Parto. Conclusão: Diante do exposto, identificou-se uma baixa oferta do Plano de Parto nas consultas pré-natais, tornando evidente a necessidade de mais informações e mudanças nesse atendimento, para que independente de classe social ou renda, as mulheres não sejam privadas de seus direitos durante o período gravídico-puerperal.