A negação e o silêncio no discurso de conflito de raça no Brasil
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Letras BR Ucpel Mestrado em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/310 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo analisar os processos discursivos presentes em enunciados do livro Não somos racistas: uma reação aos que querem nos transformar numa nação bicolor, de autoria do jornalista Ali Kamel, que defende a ideia de democracia racial como característica presente na formação da nação brasileira. O propósito do estudo é analisar, a partir do fio do discurso, elementos que possam revelar justamente o contrário: a existência do conflito de raça (racismo), enquanto fenômeno ideológico de ordem estrutural, constituindo-se numa distorção que confere privilégios a um determinado grupo em detrimento de outro. Para investigar os dizeres presentes na obra, recorre-se à base teórica da Análise do Discurso de linha francesa, ciência interpretativa que mobiliza questões relacionadas à história, à linguagem e à psicanálise. O trabalho tem o intuito de rever aspectos da formação social brasileira, cuja característica singular é a mistura de raças (miscigenação), o que permite revisitar conceitos acerca de cor, raça, racismo e racialismo. Esses conceitos entrelaçam-se com as noções de memória e história desenvolvidas por Pêcheux na Análise do Discurso. Através delas são analisados os processos de silenciamento e negação discursiva que trabalham, nos enunciados observados, o efeito de inexistência de racismo no Brasil |