A negação e o silêncio no discurso de conflito de raça no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Luiz Felipe Macedo dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Letras
BR
Ucpel
Mestrado em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/310
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar os processos discursivos presentes em enunciados do livro Não somos racistas: uma reação aos que querem nos transformar numa nação bicolor, de autoria do jornalista Ali Kamel, que defende a ideia de democracia racial como característica presente na formação da nação brasileira. O propósito do estudo é analisar, a partir do fio do discurso, elementos que possam revelar justamente o contrário: a existência do conflito de raça (racismo), enquanto fenômeno ideológico de ordem estrutural, constituindo-se numa distorção que confere privilégios a um determinado grupo em detrimento de outro. Para investigar os dizeres presentes na obra, recorre-se à base teórica da Análise do Discurso de linha francesa, ciência interpretativa que mobiliza questões relacionadas à história, à linguagem e à psicanálise. O trabalho tem o intuito de rever aspectos da formação social brasileira, cuja característica singular é a mistura de raças (miscigenação), o que permite revisitar conceitos acerca de cor, raça, racismo e racialismo. Esses conceitos entrelaçam-se com as noções de memória e história desenvolvidas por Pêcheux na Análise do Discurso. Através delas são analisados os processos de silenciamento e negação discursiva que trabalham, nos enunciados observados, o efeito de inexistência de racismo no Brasil