Infecção do trato urinário em gestantes internadas no hospital escola de Pelotas – UFPEL – EBSERH.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SPECHT, Maria Luiza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/874
Resumo: Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, ureteres, bexiga e uretra. A prevalência de ITU em mulheres pode variar de 2-10%. Em gestantes, a prevalência é ainda superior, podendo atingir 20%, devido a mudanças anatômicas e fisiológicas que ocorrem ao longo deste período. Objetivo: Verificar a prevalência de infeção do trato urinário (ITU) e caracterizar sua ocorrência em gestantes internadas na Unidade de Maternidade e Obstetrícia de um Hospital Escola na cidade de Pelotas/RS, no ano de 2019. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo e transversal, incluindo gestantes internadas no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (EBSERH – UFPEL) durante os meses de janeiro a dezembro de 2019. Realizou-se uma seleção aleatória de 300 gestantes e os dados foram coletados por meio da revisão dos prontuários médicos disponíveis no Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME). O desfecho foi a ocorrência de ITU, considerada como crescimento microbiano igual ou acima de 100.000 UFC/mL de urina. Este desfecho poderia ter ocorrido em dois momentos: (1) durante a internação, com diagnóstico após 72 horas da data de internação ou (2) em algum momento da gestação anteriormente à internação. Em relação as variáveis de exposição, foram coletadas variáveis socioedemográficas, clínicas e gestacionais. As análises foram realizadas no SPSS 22.0®, por meio da descrição da amostra, da descrição da ocorrência de ITU segundo características gestacionais, nos dois momentos avaliados, além do cálculo de prevalência de ITU durante a internação e durante a gestação e a ocorrência das comorbidades entre as gestantes avaliadas. Resultados: A prevalência de ITU durante a internação foi de 5,0% e, durante algum momento da gestação anteriormente à internação, foi de 40,5%. A principal comorbidade associada foi a depressão. A maioria das gestantes tiveram pelo menos um episódio de ITU durante a gestação, as bactérias mais frequentemente observadas foram a Staphyloccocus aureus e a Escherichia coli e a classe de antibióticos mais utilizado foram as cefalosporinas. Conclusão: O presente estudo identificou uma prevalência alta deste desfecho durante a gestação. Este achado nos remete a necessidade de maior atenção às gestantes, principalmente na conscientização sobre a importância do adequado acompanhamento pré-natal.