Avaliação do abandono em ensaio clínico randomizado terapia cognitivo comportamental e entrevista motivacional em gestantes deprimidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTANA, Ramaile Tomé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/807
Resumo: Introdução: O estudo visa avaliar os fatores de risco relacionados ao abandono ao tratamento de gestantes com Transtorno Depressivo Maior (TDM) e o impacto da associação da entrevista motivacional (EM) à Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) em comparação com a TCC isolada no abandono. Método: Ensaio clínico randomizado advindo de estudo transversal de base populacional. O processo de amostragem foi realizado a partir de sorteio dos setores censitários. Cada setor sorteado recebeu uma visita para listagem de todas as gestantes nos primeiros dois trimestres de gravidez as quais foram convidadas a participar da pesquisa. Para o diagnóstico de TDM foram utilizadas a Mini International Neuropsychiatric Interview na versão Plus e o Inventário de Depressão de Beck. As participantes foram randomizadas em: TCC e TCC + EM. Para análise dos dados foi utilizado o programa SPSS 21.0. Na comparação entre as que concluíram e abandonaram o tratamento foram utilizados teste-t de Student e teste de χ2. Para análise do abandono terapêutico foi usada Regressão Logística. Resultados: O estudo encontrou prevalência de abandono até a sexta sessão de 42,9%. A intensidade de sintomas depressivos inicial mostrou diferença estatisticamente (p = 0,023) entre os grupos de gestantes que abandonaram e que não abandonaram. As gestantes com quadro mais grave abandonaram 97% menos que aquelas com intensidade mínima (p= 0,031). Evidenciou-se uma tendência a abandonar mais na modalidade TCC do que no grupo EM+TCC (p= 0,080). Conclusão: Apesar dos esforços para diminuir o abandono, sua prevalência foi muito alta, mostrando a importância de estudos para avaliar a motivação das gestantes com TDM no processo de tratamento.