Associação entre microRNAs e transtorno depressivo maior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FERRUÁ, Camila Perelló
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/825
Resumo: Os microRNAS desempenham função regulatória sobre as atividades fisiológicas normais e no desenvolvimento de condições patológicas, como a depressão. Essa doença mental acomete milhares de pessoas ao redor do mundo, comprometendo a qualidade de vida. Assim, diante do preocupante cenário que cerca a depressão, concomitantemente com a heterogeneidade dos microRNAs investigados, bem como a ausência de informações relevantes sobre as vias de atuação dos microRNAs, observa-se que os mecanismos moleculares associados ao desenvolvimento da depressão, ainda são de difícil e incompleto entendimento. Torna-se assim, imprescindível tentar melhor compreender os mecanismos biológicos que regulam essa doença através da investigação de biomarcadores da depressão - os microRNAs. Desse modo, o objetivo dessa tese foi investigar a expressão de microRNAs, como uma ferramenta de inovação tecnológica, através de revisões sistemáticas da literatura (associadas às análises de bioinformática e altmetria) e de um estudo de base populacional, a fim de ampliar a compreensão desses microRNAs como provável alternativa mais eficaz para a prevenção, diagnóstico e tratamento da depressão gestacional. Afim de cumprir tal objetivo buscou-se o desenvolvimento de três artigos científicos. O primeiro estudo revisou a literatura de forma sistemática e identificou um perfil composto por 54 microRNAs alterados em pacientes com depressão, quando comparados com controles. Subsequentemente, foi realizada uma análise de bioinformática onde revelou-se 29 vias de união, estatisticamente significativas, a partir dos microRNAs com expressão alterada. No segundo artigo, através de uma revisão sistemática identificou-se os tipos de estudos sobre microRNAs humanos envolvidos na depressão que vem sendo desenvolvidos. Foram encontrados estudos perfazendo praticamente todos os níveis da pirâmide de evidencias científicas, destacando sobretudo os do tipo revisão. Os estudos do tipo revisão foram submetidos à uma análise altmétrica. Identificou-se scores altmétricos mais altos às revisões do tipo narrativa. Além disso, o Twitter tem sido a mídia social mais comumente utilizada em relação aos tipos de estudos investigados. Por fim, o terceiro artigo, através de análises de PCR em tempo real, identificou a expressão dos microRNAs hsa-miR-17-5p, hsa-miR-16-5p, hsa-miR-451a, hsa-miR-423-5p, hsa-miR-221-3p e hsalet-7d-3p, em gestantes da cidade de Pelotas, com e sem depressão. Observamos que o hsa-microRNA-221-3p (p=0,031) teve redução nos níveis de expressão em gestantes com depressão, quando comparadas com não deprimidas. Destaca-se que os demais microRNAs não apresentaram diferença estatística significativa entre gestantes com e sem depressão. Em suma, a presente tese consolidou a relação entre microRNAs humanos 9 e o transtorno depressivo maior. Ao longo desse volume identificou-se vias de sinalização celular no intuito de melhor compreender a fisiopatologia da depressão, bem como o perfil de estudos que tem investigado essa díade e os níveis de expressão dos microRNAs em gestantes com e sem depressão.