Análise do perfil microbiológico e padrão de sensibilidade antimicrobiana em uroculturas de gestantes internadas em uma maternidade no sul do Brasil
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude Brasil UCPel Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/1041 |
Resumo: | Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é uma complicação frequente na gestação, sendo muitas vezes assintomáticas. Se não tratadas, podem evoluir para pielonefrite, aumentando a morbimortalidade materna e fetal. Concomitante, a OMS tem alertado sobre o aumento de infecções bacterianas resistentes, entre os patógenos os relacionados as ITUs. Portanto, é crucial conhecer os patógenos mais frequentes e seus perfis de sensibilidade para iniciar a terapia empírica precocemente evitando assim a progressão da doença e a resistência bacteriana. Objetivo: Descrever a prevalência e sensibilidade antimicrobiana dos uropatógenos de gestantes internadas na Maternidade do Hospital Universitário São Francisco de Paula de Pelotas-RS. Método: Foi realizado um estudo descritivo, com avaliação de 221 uroculturas e prontuários médicos de gestantes com urocultura positiva e internadas durante o período de 2019 a 2024. Resultado: Os patógenos mais frequentes foram Escherichia coli (55,45%), seguida de Proteus (11,8%) e Klebsiella (9%). A E.coli apresentou alta resistência para Ampicilina (54%), Cefalexina (22,7%) e Sulfametoxazol-trimetoprima (SMX-TPM)(22,6%) e apresentou boa sensibilidade à Fosfomicina (100%), Nitrofurantoína (91,8%). Proteus e Klebsiella apresentaram elevada resistência para Nitrofurantoína (86,96%) e Ampicilina (94,7%) respectivamente. Proteus demonstrou boa sensibilidade para Fosfomicina (100%) e Amoxicilina-clavulanato (95,6%), já a Klebsiella demonstrou alta sensibilidade para Cefalexina (100%). Conclusão: A infecção urinária é a complicação mais comum durante o período gravídico-puerperal, podendo levar a complicações tanto materna quanto fetais. Este estudo permitiu a identificação dos uropatógenos mais prevalentes e a análise de seus perfis de sensibilidade antimicrobiana na população local. O conhecimento dessas variáveis é crucial, dado que os padrões de resistência podem variar significativamente entre diferentes regiões. Essa informação é imprescindível para a orientação adequada do tratamento empírico, o controle eficaz de infecções e o monitoramento contínuo da resistência antimicrobiana, contribuindo para um manejo mais seguro e eficaz até que os resultados da urocultura e do antibiograma estejam disponíveis. |