Avaliação clínica e laboratorial de pacientes portadores de hepatite C crônica em tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bueno, Elza Cristina Miranda da Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/736
Resumo: A Hepatite C crônica (HCC) é um preocupante problema de saúde pública, podendo levar o paciente infectado à cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. O tratamento do vírus da Hepatite C (HCV) no Brasil, em pacientes monoinfectados, é fornecido conforme o grau de fibrose e genótipo do virus. É um tratamento dispendioso e em algumas situações apresenta importantes paraefeitos. O presente trabalho avaliou pacientes infectados com HCV no pré e durante o tratamento com Peginterferon e Ribavirina e se divide em três partes, divididas por artigos. No primeiro artigo foi realizado em estudo transversal que avaliou testes não invasivos (APRI, FIB-4 e GPR) em relação à biópsia para avaliação de fibrose hepática avançada conforme os genótipos virais em 94 pacientes no pré-tratamento. A concordância do APRI em relação à biópsia hepática para fibrose avançada apresentou AUROC = 0,67 (IC 95% 0,55-0,79). O index GPR apresenta um AUROC = 0,59 (IC 95% 0,46-0,73) para fibrose avançada, enquanto a FIB-4 apresenta um AUROC = 0,69 (IC 95% 0,58-0,80) para fibrose avançada. Não houve diferença quando comparado os três métodos (p=0.306). Houve diferença entre os genótipos quando avaliado o GPR (p=0.006) com melhor acurácia relacionada ao genótipo 2 e 3. No segundo artigo foi realizado um estudo de coorte com 136 pacientes avaliando a influência de fatores sociodemograficos nos parâmetros hematológicos durante as primeiras 12 semanas de tratamento. Os homens apresentaram maiores valores de hemoglobina ao longo do tratamento (p = 0,001), enquanto os pacientes mais velhos (p = 0,012) e não caucasianos (p = 0,008) apresentam valores mais baixos. Os níveis de plaquetas reduziram nos pacientes idosos (p = 0,007) e homens (p = 0,001) ao longo do tratamento. Em conclusão, fatores sociais como sexo, idade e etnia, mostraram maior impacto nas variáveis hematológicas durante o tratamento da HCC. No terceiro artigo foi realizado um estudo de coorte que avaliou a associação entre a depressão maior e sintomas depressivos com o polimorfismo (SNP) rs12979860 no gene do IL28B durante as primeiras 12 semanas de tratamento em 90 pacientes. Não houve relação estatisticamente significativa com depressão no pré-tratamento, e ao longo do tratamento. Entretanto, em relação aos sintomas depressivos houve uma associação do alelo-T com maior risco de irritabilidade (p=0.021) e tendência para agitação (p=0.060) e perda do apetite (p=0.072).