População em situação de rua: interferências do olhar da sociedade na forma como esse grupo enfrenta o mundo do trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ALT, Bruna dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas#
#-8792015687048519997#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Politica Social#
#-7895665898047196699#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/614
Resumo: Este trabalho versa sobre a população em situação de rua, a qual é composta por pessoas em condições de extrema pobreza, vivendo nas ruas e calçadas da cidade, tornando-se, muitas vezes, invisíveis para os governantes e para a sociedade. Esse grupo social vem ganhando visibilidade em razão de seu crescimento e também de sua organização por meio do Movimento Nacional da População em Situação de Rua. Esta pesquisa apresenta uma revisão teórica sobre esse segmento populacional, relatando sua origem e atual situação, considerando a desigualdade social gerada pela exploração das classes trabalhadoras no sistema capitalista como fator de peso dessa condição. A fatia delimitada nesta pesquisa diz respeito ao grupo em questão e sua relação com o mundo do trabalho e a influência do estigma. Para isso, apresenta–se uma análise do mundo do trabalho, o qual é ponto central, essencial para esta pesquisa. Fala-se de sua origem etimológica, dos sistemas de produção capitalista e dos direitos sociais, previstos como prestações positivas do Estado, dentre os quais está o direito ao trabalho e à dignidade da pessoa humana. Na sequência, fundamental é compreender qual a influência do estigma no mundo do trabalho, e qual é a sua interferência em relação à população em situação de rua. Importa, assim, conceituar estigmatização por meio da análise de quais sejam as suas características e principais consequências. Além disso, são feitas considerações sobre o direito à cidade e sobre o espaço que esse grupo ocupa nos centros urbanos. Para isso, a investigação científica realizada com abordagem qualitativa, dentro de um enfoque dialético-crítico, usou o estudo de caso para responder à seguinte questão-chave: qual a interferência do olhar da sociedade sobre a população em situação de rua no que se refere às relações no mundo do trabalho? Constatou-se que há um estigma da sociedade para com a população em situação de rua; estigma que influencia na forma como essas pessoas levam suas vidas em diversos aspectos, inclusive em relação ao mundo do trabalho.