O bloco burlesco Bafo da Onça na ditadura militar: carnaval e cultura em chave bakhtiniana
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas# #-8792015687048519997# #600 Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Letras# #8902948520591898764# |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/652 |
Resumo: | Este estudo tem como objeto analisar o bloco burlesco Bafo de Onça, de Pelotas/RS, no período da ditadura militar no Brasil, considerando a teorização bakhtiniana sobre cultura popular em suas reflexões sobre o Carnaval como uma festa popular que adquire funções e elementos para compreensão do mundo. Este conceito é desenvolvido pelo autor em seus estudos de Rabelais (2009), de que resulta a obra A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento – o contexto de François Rabelais (2013). No Carnaval, segundo o autor, há uma espécie de libertação temporária da verdade dominante e do regime vigente. Assim, buscamos compreender o papel do bloco burlesco como forma de resistência. Debruçamo-nos sobre a narrativa de Martins (2015), que nos concedeu entrevista, e sobre o Livro Tombo da Igreja Nossa Senhora Aparecida, escrito pelo Padre Ozy, elementos constitutivos do corpus do trabalho. Utilizamos como bases metodológicas as etapas propostas por Sobral (2009), descrição-análise-interpretação, para realizar nosso trabalho, que segue uma abordagem qualitativa em que a compreensão busca ir além dos dados. O estudo mostrou que o bloco se valia da irreverência em desfiles de Carnaval de rua para criticar a ditadura, configurando um paradoxo discursivo, na medida em que esta buscava impor-se a eventuais resistências em todos os planos. Observar o Bafo da Onça permitiu-nos compreender os embates e/ou conflitos, presentes nas marcas de relações dialógicas peculiares, num período em que se tem uma liberdade fantasiada pela permissão e inversão de valores, numa representação ilusória, o que não impediu certa transgressão da cultura oficial e dos padrões então estabelecidos. |