Na barriga da miséria, eu nasci brasileiro: a fome servida à mesa das usuárias do CRAS Centro - Pelotas/RS
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Politica Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/970 |
Resumo: | Esta dissertação tem por objetivo problematizar e conhecer os processos históricos da fome e correlacionar com o Serviço Social enquanto profissão interventiva, no território do CRAS Centro da cidade de Pelotas/RS. Após o golpe de 2016, o Brasil vive um declínio de direitos sociais, alicerçado nos cortes de verbas para políticas públicas que visassem as melhorias na condição de vida das pessoas em extrema pobreza. Nos últimos dois anos de pandemia, foram divulgados dados nacionais, como os da Rede Penssan e os do IBGE, quantificando e denunciando o aumento massivo das situações de fome no Brasil, chegando ao triste número de 33,1 milhões de pessoas em situação de fome extrema. Com pesquisa empírica, corroboramos com a teoria de Josué de Castro e a dura realidade vivenciada por Carolina Maria de Jesus, de que existem situações graves de insegurança alimentar no território pesquisado, ou seja, nos deparamos com a realidade da fome materializada na vida do nosso povo. Mas também encontramos ações solidárias de resistências coletivas que iam de encontro ao problema. Para além da quantificação, a vida, que resiste e se renova, deu corpo, voz e rosto ao trabalho. São cinco vidas pulsantes em palavras, que traduzem o quão triste e contrário à própria vida não ter o que comer. O Serviço Social, por sua vez, é uma profissão de cunho interventivo que trabalha com a questão social, inserindo os usuários em condição de vulnerabilização em programas e projetos, objetivando a emancipação dos seus assistidos. Porém, por lidar com direitos sociais, a categoria se encontra em eterna luta por políticas públicas, tendo pouca autonomia de intervenção. A síntese, obtida através da pesquisa bibliográfica e empírica, confirma o pressuposto de fome no território e levanta críticas à precarização do trabalho, sofrida pela trabalhadora de Serviço Social. |