A identidade profissional do psicólogo brasileiro: implicações para a formação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Piasson, Douglas Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Brasília
Escola de Saúde e Medicina
Brasil
UCB
Programa Stricto Sensu em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/handle/tede/2872
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo geral conhecer a concepção de psicólogos sobre sua identidade profissional e especificidades de sua atuação, bem como identificar possíveis relações entre as características desta identidade com aspectos ligados à formação. O trabalho foi organizado em duas partes: uma contendo a contextualização teórica, e outra com o estudo empírico. A primeira parte contempla uma contextualização histórica da formação em psicologia no Brasil, seus desafios e perspectivas atuais, permitindo adentrar nos estudos sobre a identidade do psicólogo brasileiro, por meio de uma revisão integrativa da literatura dos últimos anos. A revisão da literatura analisou 32 produções entre os anos de 2008 e 2019, as quais apontam que a identidade do psicólogo se ancora, essencialmente, no enfoque clínico da atuação, vinculando-se a uma compreensão de intervenção voltada para o indivíduo. Ainda na primeira parte do trabalho, apresenta-se a conceituação de identidade apresentada por Ciampa (1989) e de identidade profissional sustentada por Schein (1996), associadas à Teoria das Representações Sociais de Moscovici (1978) e à Teoria do Núcleo Central de Abric (1976), aportes teóricos que sustentam a compreensão do fenômeno e a realização do estudo empírico. Já a segunda parte, comporta um estudo empírico, no qual foram analisadas as concepções de 670 psicólogos brasileiros sobre o assunto, os quais responderam a um questionário virtual, contendo questões objetivas de caracterização e questões discursivas sobre a identidade profissional e as especificidades do papel do psicólogo. Os dados foram analisados segundo o modelo misto de pesquisa, tendo por base a análise de conteúdo (Bardin, 2011), com o auxílio do software IRaMuTeQ®. Percebe-se que os psicólogos participantes reconhecem a identidade profissional da categoria fortemente atrelada a um modelo clínico de intervenção, tendo como enfoque principal o cuidado psicológico frente ao adoecimento mental. Contudo, novas demandas e contextos de atuação também reemergiram, caracterizando o compromisso social da psicologia e seus reflexos no modo como estes profissionais reconhecem as especificidades do campo, suas limitações e potencialidades. No âmbito da formação dos participantes, os resultados apontam a prevalência de áreas e abordagens teóricas tradicionais, configurando-se ainda como desafio a atuação comprometida com demandas contemporâneas e regionais.