Uma cartografia antropofágico-afetiva: notas sobre micropolíticas do desejo, colonialidade do gênero e devires vitais.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/20488 |
Resumo: | Ao maquinar conceitos-ferramenta que permitem o acesso ao plano das forças e ao fazer uso ativo do dispositivo (contra)metodológico da cartografia, realizo uma breve síntese teórica das perspectivas decolonial(ais) e queer. Em seguida, situo o debate epistêmico-político contemporâneo, no qual pretendo me inserir, que se dedica a pensar as potencialidades de fricção entre ambas as perspectivas. Ao cartografar experiências sexogenitais de alguns povos indígenas de Abya Yala, bem como relatos de cronistas que acompanhavam os conquistadores ibéricos e relatavam os corpos-subjetividade e as relações entre os povos conquistados, recupero o conceito de colonialidade do gênero (Lugones, 2014b) para realizar uma crítica micropolítica e molecular-vibrátil acerca do sexo/gênero moderno/colonial. Munido de uma bússola ética e tomando a vida como uma esfera de diferenciação ao longo de toda a dissertação-experimento, realizo algumas sugestões ao fim do trabalho. Sugiro que o sexo/gênero moderno/colonial é um circuito de afetos que, ao mesmo tempo, circula e dá sustentação à uma micropolítica do desejo reativa e estéril ao reduzir a experiência subjetiva ao sujeito identitário. Ao agenciar a decolonialidade, a crítica queer sudaka, a antropofagia e a filosofia da diferença, proponho que o lado oculto/obscuro do sexo/gênero é que ele opera por redundância, sedimentação e tradução das forças intensivas em formas identitário-figurativas, obstruindo os devires vitais e separando a vida daquilo que ela pode. |