Condições socioeconômicas dos catadores de materiais recicláveis dos municípios de pequeno porte da Bahia: diagnóstico e proposta de estruturação do trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Almeida, Maria de Fátima Gutierrez de
Orientador(a): Figueiredo, Paulo Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Tecnologia SENAI CIMATEC
Programa de Pós-Graduação: Gestão e Tecnologia Industrial
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositoriosenaiba.fieb.org.br/handle/fieb/830
Resumo: Quanto maior o desenvolvimento econômico e o tamanho da população de um município, maior é a quantidade de resíduos sólidos gerados e maior é a fração de matéria inorgânica na composição desses resíduos. Supõe-se que esta relação influencie na atividade dos catadores de resíduos sólidos inorgânicos, dos municípios de pequeno porte, considerando que estes terão menor quantidade de resíduos gerada e menor quantidade de resíduos inorgânicos na composição. Como problema de pesquisa questiona-se que forma de organização possibilitaria aos catadores obterem uma melhor renda e melhores condições de trabalho? O objetivo deste trabalho é propor um modelo de gestão que possibilite aumentar os ganhos econômicos desses catadores e melhorar suas condições laborais. Aplicou-se duas metodologias distintas. Para o diagnóstico socioeconômico a metodologia foi qualitativa, utilizando como instrumentos de investigação entrevista semiestruturada e aplicação de questionário. Para a proposta do modelo de gestão utilizou-se a pesquisa-ação. Evidenciou-se na pesquisa que nenhum dos catadores está associado a uma cooperativa, que desenvolvem suas atividades em locais expostos a condições insalubres e de risco, e que 80% possuem receita mensal abaixo de um salário mínimo. Diante das condições socioeconômicas encontradas, propõe-se a implantação de uma Central de Beneficiamento e Comercialização de Reciclados, com estrutura de cooperativa de segundo grau, para beneficiar os resíduos coletados pelos catadores, eliminando a figura do intermediário e agregando valor aos resíduos, principalmente nas cidades de pequeno porte que não favorecem o ganho pela escala. Comparando o valor líquido dos resíduos beneficiados com o valor total dos resíduos reciclados e vendidos sem beneficiamento pelos catadores, conclui-se que, com o beneficiamento dos resíduos, a renda do catador teria um incremento de 67,44%. Este incremento poderá trazer reais melhorias na qualidade de vida dos catadores, tanto em termos de renda quanto de segurança no trabalho.