Método para alocação de métricas de impacto ambiental em unidades industriais multiproduto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Alexchéviny Gimenez
Orientador(a): Furlan, Felipe Fernando lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Carlos
Câmpus São Carlos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química - PPGEQ
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/18355
Resumo: A avaliação de ciclo de vida é uma técnica de avaliação ambiental, econômica e social cujo foco é entender e quantificar os impactos relacionados a um determinado produto, bem ou serviço. Essa avaliação considera todas as etapas em que este exerce sua função, desde a obtenção dos recursos para sua produção até seu descarte final. Muitas vezes a etapa de produção gera diversos produtos comercializáveis, como é o caso de biorrefinarias, indústrias cuja espinha dorsal é a produção de biocombustíveis, em conjunto com um portfólio de outros produtos de maior valor agregado. Embora a contribuição do processamento industrial no impacto ambiental seja normalmente inferior ao do setor agrícola, é do portão desses processos multiprodutos que saem os produtos finais. Dessa forma, o método empregado para a alocação dos índices de impacto ambiental aos diversos produtos desempenha um papel fundamental na valoração, comparação e melhoramento dos processos produtivos. Porém, ainda não existe um consenso sobre o método de alocação mais apropriado. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi desenvolver um método sistemático, e baseado em primeiros princípios, para a contabilidade detalhada dos impactos ao longo do processo industrial. O novo método proposto foi comparado à abordagem de alocação global, tomando como estudo de caso uma biorrefinaria de cana-de-açúcar produzindo etanol e energia elétrica. Nesse estudo de caso, o método de alocação proposto calculou o impacto de 27,44 g CO2 eq/MJ para o etanol anidro e 4,68 g CO2 eq/MJ para a energia elétrica, o que representa 94,11% e 5,81% dos impactos totais do processo analisado, respectivamente. Como comparação, o método clássico de alocação energética calculou um impacto de 21,89 g CO2 eq/MJ para ambos os produtos, representando 75,08% para o etanol, e 24,92% para a energia elétrica. Verificou-se que o método proposto permitiu separar os impactos associados a cada processo produtivo, sem penalizar um produto pelos impactos gerados pelo outro produto. Ademais, o método possibilita a visualização dos “fluxos de impacto” pelo processo, auxiliando na identificação dos gargalos de sustentabilidade e na otimização do mesmo.