Método para alocação de métricas de impacto ambiental em unidades industriais multiproduto
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Carlos
Câmpus São Carlos |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química - PPGEQ
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/18355 |
Resumo: | A avaliação de ciclo de vida é uma técnica de avaliação ambiental, econômica e social cujo foco é entender e quantificar os impactos relacionados a um determinado produto, bem ou serviço. Essa avaliação considera todas as etapas em que este exerce sua função, desde a obtenção dos recursos para sua produção até seu descarte final. Muitas vezes a etapa de produção gera diversos produtos comercializáveis, como é o caso de biorrefinarias, indústrias cuja espinha dorsal é a produção de biocombustíveis, em conjunto com um portfólio de outros produtos de maior valor agregado. Embora a contribuição do processamento industrial no impacto ambiental seja normalmente inferior ao do setor agrícola, é do portão desses processos multiprodutos que saem os produtos finais. Dessa forma, o método empregado para a alocação dos índices de impacto ambiental aos diversos produtos desempenha um papel fundamental na valoração, comparação e melhoramento dos processos produtivos. Porém, ainda não existe um consenso sobre o método de alocação mais apropriado. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi desenvolver um método sistemático, e baseado em primeiros princípios, para a contabilidade detalhada dos impactos ao longo do processo industrial. O novo método proposto foi comparado à abordagem de alocação global, tomando como estudo de caso uma biorrefinaria de cana-de-açúcar produzindo etanol e energia elétrica. Nesse estudo de caso, o método de alocação proposto calculou o impacto de 27,44 g CO2 eq/MJ para o etanol anidro e 4,68 g CO2 eq/MJ para a energia elétrica, o que representa 94,11% e 5,81% dos impactos totais do processo analisado, respectivamente. Como comparação, o método clássico de alocação energética calculou um impacto de 21,89 g CO2 eq/MJ para ambos os produtos, representando 75,08% para o etanol, e 24,92% para a energia elétrica. Verificou-se que o método proposto permitiu separar os impactos associados a cada processo produtivo, sem penalizar um produto pelos impactos gerados pelo outro produto. Ademais, o método possibilita a visualização dos “fluxos de impacto” pelo processo, auxiliando na identificação dos gargalos de sustentabilidade e na otimização do mesmo. |