O que é que cavalo sabe’ : um estudo antropológico sobre o vínculo animal-humano na equoterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pavão, Luna Castro
Orientador(a): Velden, Felipe Ferreira Vander lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Carlos
Câmpus São Carlos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufscar.br/handle/20.500.14289/7052
Resumo: De uma perspectiva antropológica, esta pesquisa examina as relações entre pessoas e cavalos na equoterapia, um método terapêutico oferecido, dentre outros locais, em um Centro Hípico na cidade de São Carlos, SP. Na etnografia que apresento, o objetivo é discutir o papel que os cavalos manifestam no interior desta terapêutica que, conforme definido pela Ande Brasil (2010), se propõe ao “desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais”. Foco minha análise nas sessões de atendimento; nestas, os praticantes (termo nativo, usado em referência às pessoas que fazem equoterapia e que, em sua maioria, são também chamadas de especiais), seus familiares, terapeutas e auxiliares-guia conectam-se aos cavalos e entre si de modos distintos. Seguindo os atores em seus modos relacionais de comunicação e ação, o corpo e suas disposições corporais emergem como o eixo comum para negociarem certos tipos de contato, comando, disciplina e controle. Neste cenário, pretendo examinar de que maneira as relações entre humanos e cavalos, de um lado, e as relações entre pessoas consideradas com e sem deficiência, de outro lado, aparecem juntas, e como este encontro permite repensar as noções de “humano” e “animal” a partir de seus impactos mútuos. Espera-se que os tópicos etnográficos aqui delineados possam, quiçá, contribuir para a temática das socialidades transespecíficas.