Ética e educação : o implícito moral da atividade pedagógica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Galvanese, Ricardo Costa lattes
Orientador(a): Souza, Sonia Maria Ribeiro de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Educação
Departamento: Educação e Formação
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/125
Resumo: O presente texto tem como objetivo possibilitar uma reflexão sistemática sobre as conexões entre ética e educação, no contexto sociológico do predomínio moderno da racionalidade cogntivo-instrumental sobre a racionalidade comunicativa (conforme a teoria de Jürgen Habermas); na perspectiva psicológica do processo de desenvolvimento do raciocínio moral (de acordo com a caracterização proposta por Lawrence Kohlberg) e no âmbito da compreensão antropológico-filosófica do complexo processo de personalização do ser humano (fundamentada na abordagem de Immanuel Mounier). Procurou-se, então, indagar sobre como os professores, em escolas públicas de Santos, percebem, na sua atuação pedagógica, a dimensão moral da educação. Para isto foram analisados os procedimentos implícitos e explícitos, por eles empregados, em termos de sua eficiência (do ponto de vista didático), de sua relevância (quanto à prioridade profissional) e de suas tendências (no âmbito pedagógico), a partir das indicações que estes profissionais fornecem sobre o seu próprio fazer pedagógico-moral. A pesquisa indicou que há uma interferência indevida das demandas do sistema social no processo pedagógico, que faz com que a dimensão moral deste seja prejudicada: os imperativos de perpetuação do modo de produção capitalista se sobrepõem às exigências de pleno desenvolvimento dos alunos enquanto pessoas. A educação moral deixa, então, de ser uma prioridade profissional. Porém, apesar de relegada a um segundo plano, a educação moral permanece na prática pedagógica em tendências e em procedimentos que não são propriamente compatíveis com o grau de desenvolvimento do raciocínio moral dos educandos, comprometendo a eficiência da ação educativa na sua função personalizadora.