Trabalho docente e alienação na percepção de professores de escolas privadas de Santos e São Vicente no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Thiago dos lattes
Orientador(a): Monfredini, Ivanise lattes
Banca de defesa: Monfredini, Ivanise, Gomes, Marineide de Oliveira, Alves, Antônio Fernando Gomes, Abdalla, Maria de Fátima Barbosa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Educação
Departamento: Centro de Ciências da Educação e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/7912
Resumo: O professor é um trabalhador? O seu trabalho acontece de forma alienada? A pesquisa busca responder a estas duas questões fundamentais para o discernimento dos desafios e contradições da docência. A análise parte da definição de Estado Moderno de Bobbio (1998), no bojo do papel da educação, dentro do modelo organizativo estatal, como parte importante para a consolidação das relações capitalistas. Procura-se no conceito de democracia pendular de Avritzer (2018), pensar sobre os mecanismos da política brasileira, em especial, a partir da década de 1930, uma vez que neste período a educação passou a despertar grande interesse nos atores políticos. Trata-se de uma investigação de cunho qualitativo, em que as bases epistemológicas fundamentam-se nas categorias trabalho, trabalho docente e alienação, pensados a partir de Marx (2010, 2014), e autocontrole, por meio das contribuições de Mészáros (2007, 2008, 2015) e de Freitas (2014), entre outras referências, que permitem estabelecer uma contextualização da educação brasileira e suas relações com as disputas no campo das políticas públicas sob a influência dos reformadores empresariais na área educativa. Os procedimentos para a apreensão dos sentidos construídos pelos participantes da pesquisa incluem as entrevistas com dez professores de escolas privadas das cidades de Santos e São Vicente (Estado de São Paulo), no movimento de desvelar as percepções sobre o trabalho docente, buscando identificar nos relatos os indícios de formas alienadas e as possibilidades concretas de experiências práticas que indiquem o autocontrole, ainda que com restrições. As conclusões apontam para a necessidade vital de criação de uma ordem social alternativa, em que os professores tenham controle do próprio tempo de suas vidas, superando a organização societária atual, degradante aos seres humanos, visto que lhes nega o poder de autodeterminação, como sujeitos reais.