Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lima, Ana Karla Bezerra da Silva
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Orientador(a): |
Marqueze, Elaine Cristina
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Banca de defesa: |
Marqueze, Elaine Cristina,
Barros, Cláudia Renata dos Santos,
Vieira, Marlene Rosimar da Silva |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/6441
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Resumo: |
Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) desenvolveu características de cronicidade depois da introdução da TARV, e os efeitos adversos não eliminados aumentam o sofrimento das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) em tratamento com as TARV, com altos investimentos financeiros e provocando distúrbios no sono e transtornos mentais que interferem no sistema imune. Objetivos: Comparar a qualidade do sono e os sintomas de insônia entre PVHIV, de acordo com os esquemas de TARV utilizados. Métodos: Estudo epidemiológico transversal realizado com 322 PVHIV que estavam em seguimento clínico pelo Serviço de Assistência Especializada em AIDS (SAE) de Santos/SP. Os dados foram coletados de fevereiro a junho de 2016. As variáveis dependentes de estudo foram a qualidade do sono e sintomas de insônia, obtidas por meio de entrevistas individuais no próprio SAE. A variável independente foi o esquema de TARV, obtida por meio dos prontuários na farmácia do SAE e classificada a partir das informações obtidas das bulas expedidas pela ANVISA quanto às possíveis reações adversas sobre o sono: causam insônia e sonolência, causam apenas insônia e não causam insônia nem sonolência. A análise estatística foi realizada no STATA 12.0 e no STATISTICA 7.0, sendo adotado o nível de significância de 5%. Resultados: A idade média dos participantes era de 47,86 anos (DP=12,06), a maior parte era do sexo feminino (52,16%), do gênero mulher (54,67%), solteira (50,17%), com ensino médio incompleto (50,50%), não residia com crianças (70,19%) e não exercia atividade remunerada (60,47%). A maioria afirmou não fumar (70%), não consumir bebidas alcoólicas (96,35%) e não utilizar drogas ilícitas (68,77%). O tempo médio de diagnóstico de HIV era de 12,59 anos (DP=8,03), o tempo médio de uso do atual esquema de TARV era de 9,38 anos (DP=7,57), sendo que 50% da amostra já mudou o primeiro esquema de TARV. A maioria (73,6%) utilizava esquema de TARV que causava insônia e sonolência e 53,49% utilizavam regularmente outros medicamentos além da TARV. O cronotipo matutino foi predominante (58,47%) entre os participantes do estudo. Quanto à qualidade do sono observou-se que a maioria foi classificada com má qualidade de sono (55,15%) e apresentavam sintomas de insônia (79,12%). No modelo linear generalizado ajustado pelo sexo, idade, tempo de descoberta do HIV e tempo de uso do atual esquema de TARV, verificou-se que não há diferença estatisticamente significativa nos escores médios da qualidade do sono entre os que usam esquema de TARV que não interfere nos aspectos do sono (5,06 pontos), que causa insônia (6,75 pontos) e que causa insônia e sonolência (5,67 pontos) e nem na média do número de sintomas de insônia (2,09, 2,43 e 2,35 sintomas de insônia, respectivamente) Conclusão: As prevalências de má qualidade do sono e de sintomas de insônia são elevadas entre as PVHIV, no entanto não há diferença de acordo com as TARV, o que indica que, tanto as TARV como fatores relacionados a imunidade e ao próprio status da doença podem estar associados aos problemas de sono entre as PVHIV. |