Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Massote, Marta Venice Pinto
 |
Orientador(a): |
Martin, Denise
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
|
Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
|
Departamento: |
Saúde Coletiva
|
País: |
BR
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/563
|
Resumo: |
A esquizofrenia é uma doença crônica que se manifesta no início da fase adulta, acarretando prejuízo e comprometimento na vida do paciente e de seus familiares. Os familiares e pacientes sofrem com o estigma da doença. Esta pesquisa busca analisar o significado da esquizofrenia e do tratamento para os familiares de pacientes esquizofrênicos e pretende conhecer a interação entre a família do paciente esquizofrênico e o serviço de saúde mental que o atende. A pesquisa foi desenvolvida no Núcleo de Atenção Psicossocial da Zona Noroeste - NAPS I, de Santos, São Paulo. Foram entrevistados 11 familiares de 11 pacientes usuários do serviço (06 mulheres e 05 homens, na faixa etária de 31 a 59 anos). O grau de parentesco variou entre pai, mãe, irmã, tia e companheira. Utilizamos a observação etnográfica e entrevistas em profundidade. Os familiares sentem-se sobrecarregados no desempenho de suas atividades, impotentes e incapazes diante da manifestação dos comportamentos do doente, buscando quase sempre a internação. O estigma da doença dificulta as relações sociais do doente e do familiar. A idéia da doença é confusa e está relacionada a várias causas. O médico e o acerto com a medicação são muito valorizados desde as primeiras manifestações da doença, embora o itinerário seja confuso, oneroso e constrangedor. A ajuda religiosa surge como esperança de cura e conforto para o fenômeno desconhecido, que é a doença. Os familiares relataram insatisfação com o tratamento oferecido pelo serviço, em relação ao desempenho dos profissionais no cuidado, auxílio de contenção, preparo e conhecimento, embora esta seja a única opção. A idéia de reabilitação é limitada ao médico e à medicação. Os cuidados e tratamento com o doente mental grave estão sob a maior responsabilidade dos familiares. Eles não sentem apoio, confiança, nem facilitação do serviço nos momentos de maior dificuldade, como nos surtos. |