Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Max Garcia
 |
Orientador(a): |
Voltas, Fernanda Quartoze
 |
Banca de defesa: |
Voltas, Fernanda Quatorze,
Saul, Alexandre,
Aguiar, Denise Regina da Costa |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
|
Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Educação
|
Departamento: |
Centro de Ciências da Educação e Comunicação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/8056
|
Resumo: |
Esta pesquisa, desenvolvida no âmbito da linha Políticas e Práticas de Formação de Professores do PPGE da UniSantos, buscou levantar e analisar o panorama das políticas de formação continuada de professores da rede estadual paulista, no período 2009-2023, tendo como foco a constatação de eventuais avanços e retrocessos. Comprometeu-se, ainda, a identificar e a verificar como as contradições presentes nas políticas de formação continuada da rede de educação paulista têm se materializado nos contextos das Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC), desenvolvidas em escolas. O estudo procurou responder à questão: Quais as principais características das políticas de formação continuada de professores nos governos paulistas, no período 2009-2023? Que avanços e retrocessos podem ser identificados, especialmente no contexto das ATPC? No bojo de uma abordagem qualitativa de investigação, a pesquisa bibliográfica mostrou-se como estratégia apropriada para o desenvolvimento do trabalho. Entre os subsídios teóricos que fundamentaram as discussões e análises desta dissertação distinguem-se: Freire (1980; 1996, Saul (2015;), Candau (2014) e Barbosa, Venco e Jacomini (2018). Os achados da pesquisa revelaram que as políticas de formação continuada da rede paulista, no período estudado, apoiaram-se em pressupostos e práticas de cunho neoliberal, contribuindo para a precarização das condições de trabalho e da formação docente. Mesmo diante da força dessa política que concorre para o desmonte da educação pública, foi possível identificar experiências pontuais que configuram a resistência de coletivos e sujeitos. Nesse sentido, destacam-se as evidências nas quais as ATPC constituíram-se em momentos de reflexão crítica sobre a teoria e a prática, exercício da criatividade e troca de informação entre docentes. As descobertas das investigações convergem para a afirmação do valor do diálogo, da escuta e de propostas de formação que partem das dificuldades e necessidades concretas dos docentes, como elementos capazes de inspirar mudanças de pensamentos e práticas. Além disso, permitem entrever que o respaldo de uma equipe gestora alinhada a uma perspectiva contra-hegemônica de educação potencializa o desenvolvimento de propostas de formação docente que caminham nessa direção. Por fim, um resultado interessante da investigação que vale ser ressaltado é a importância do diálogo entre a escola e a universidade, na construção de práticas de formação docente e pesquisa, caracterizadas pela construção solidária de conhecimento. Tem-se a expectativa de que os achados da pesquisa possam oferecer contribuições para o campo da formação docente, especialmente no que se refere à problematização de propostas de formação continuada, em uma perspectiva crítica. Aposta-se, aqui, com Paulo Freire, que é difícil mudar, mas que a mudança é possível e necessária. Os desafios enfrentados no cenário brasileiro são, na verdade, combustível para a esperança que move milhões de professores. |