Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Soares, Jose Evandro Silva
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Orientador(a): |
Coviello, Denise Martin
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Banca de defesa: |
Coviello, Denise Martin,
Avoglia , Hilda Rosa Capelão,
Inoue, Silvia Regina Viodres |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/7101
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Resumo: |
O modelo de cuidado a pessoa com doença mental passou a incluir a família como corresponsável ao tratamento. Entretanto, muitas famílias não se sentem preparadas com e em condições psíquicas, físicas ou sociais para cuidar de seus entes, levando muitas vezes às recidivas hospitalares. O presente estudo teve como objetivo analisar a percepção dos familiares a respeito da reinternação hospitalar de pacientes com transtorno mentais graves em um Hospital Psiquiátrico, desenvolvendo uma pesquisa etnográfica. Foi utilizado referencial teórico-metodológico da Antropologia, buscando elementos e unidades sociais que envolvem o grupo estudado. A pesquisa foi realizada na clínica Dr. Maia, na cidade de Campina Grande- PB, por meio de entrevistas com familiares de doentes internos, sendo empregadas as técnicas de entrevistas em profundidade com roteiro semiestruturado e observações etnográficas. Observou-se que os familiares relacionam o adoecimento do seu ente a uma causa, atribuída em sua maioria a fatores traumáticos e ou perdas. Não há compreensão sobre a sintomatologia e o início da doença, levando a preconceitos, restrições da inserção social e exclusão social dessas pessoas. A falta de compreensão e enfrentamento das crises levam os familiares a buscarem ajuda em outros serviços da Rede de Atenção Psicossocial ¿ RAPS. Entretanto, a busca de um lugar de tratamento de maior permanência faz os familiares perceberem o hospital psiquiátrico como referência de saúde, gerando assim diversas internações em hospitais psiquiátricos. Os participantes citaram que encontram na internação um modo de alívio, descanso do fardo e cuidado com o parente com doença mental. Notou-se também que há uma resistência em receber os pacientes de alta para casa, bem como uma dificuldade para continuidade do cuidado. Assim, é necessário que os serviços de saúde mental ofertem cuidados em saúde a pacientes egressos de reinternações, dada a fragilidade da família em lidar com a crise do doente mental no domicílio. Os familiares devem integrar-se às intervenções de promoção a saúde do modelo de atenção psicossocial. Há também a falta de integração e cuidado continuado dos serviços da Rede de cuidado Psicossocial diante das altas dos pacientes egressos das internações psiquiátricas. |