Prática dos profissionais da educação para prevenir casos de bullying e cyberbullying entre adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Reis, Cláudia Benitez Martinez dos lattes
Orientador(a): Going, Luana Carramillo lattes
Banca de defesa: Going, Luana Carramillo, Nátario, Elisete Gomes, Avoglia, Hilda Rosa Capelão
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Psicologia
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/7665
Resumo: O estudo teve como objetivo verificar e analisar a atuação dos profissionais da educação em situações de violência, como o Bullying e o Cyberbullying, que ocorrem no contexto escolar decorrentes das redes sociais. O método da pesquisa foi Qualitativo e a análise dos dados teve como delineamento a Análise de Conteúdo. O procedimento para a coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 13 profissionais da Educação do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio, de uma escola particular da Baixada Santista - SP. Para a análise dos resultados, foram propostas cinco categorias a priori: Categoria 1. Aplicativos de relacionamento e o tempo de uso pelos adolescentes; Categoria 2. Identificação dos conflitos entre adolescentes; Categoria 3. Atuação dos profissionais da educação nos conflitos entre adolescentes; Categoria 4. Programas e Ações para lidar com os conflitos dos adolescentes entre seus pares. Categoria 5. Uso das legislações vigentes no enfrentamento do Bullying e Cyberbullying. Como resultados, verificou-se que quanto à Categoria 1, os gestores e professores não têm conhecimento sobre o tempo que os alunos ficam na Internet nem dos aplicativos utilizados nas redes sociais dentro e fora da sala de aula, mas sentem o impacto no desinteresse pelas aulas e baixo rendimento. Quanto à Categoria 2, verificou-se que os conflitos se manifestam presencialmente e virtualmente, por meio de comentários impensados, intimidações, ofensas e xingamentos de violência. Na Categoria 3, verificou-se que os casos de violência, Bullying e Cyberbullying, que ocorrem dentro do contexto escolar provocados pelas redes sociais, são encaminhados pelos professores à equipe gestora, que faz a mediação entre os alunos e famílias, numa escuta acolhedora, atenta e pelo diálogo. Os casos mais sérios são encaminhados à assessoria jurídico pedagógica. A Diretora e a Orientadora Educacional realizam o trabalho nas classes quando se detecta algum conflito. A mediação dos conflitos está centrada na equipe gestora. Quanto à Categoria 4, verificou-se que todos os professores estabelecem em suas aulas a reflexão acerca dos valores morais indicados no Projeto Político Pedagógico, mas a ênfase maior fica para as disciplinas de Filosofia e Ensino Religioso. A Pastoral da Juventude realiza o trabalho junto aos adolescentes com a comunidade. Quanto à Categoria 5, verificou-se que o conhecimento dos profissionais da educação sobre as legislações referentes às redes sociais é apresentado pela assessoria jurídico pedagógica, no intuito de que percebam os riscos que correm diante dos conteúdos. Como produto, propõe-se um Projeto de Ensino que possa colaborar, por meio da formação dos profissionais da educação, pelo conhecimento do desenvolvimento moral, a atuação em Assembleia de Processos Decisórios com os discentes, levando-os em suas tomadas de decisão a refletirem sobre as possíveis resoluções de conflitos que ocorrem entre seus pares.