Trajetórias de educadoras e a pedagogia crítico-libertadora : da opção consciente às perspectivas de reinvenção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nogueira Júnior, Sérgio Pereira lattes
Orientador(a): Saul, Alexandre lattes
Banca de defesa: Saul, Alexandre, Franco, Maria Amélia do Rosário Santoro, Braga, Maria Margarete Sampaio de Carvalho, Barreira, Luiz Carlos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Doutorado em Educação
Departamento: Centro de Ciências da Educação e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/8043
Resumo: Paulo Freire é o patrono da Educação brasileira e reconhecido pela criação de uma pedagogia voltada à humanização dos sujeitos em processo de ensino-aprendizagem. Ano após ano, estudos e pesquisas, ao redor do mundo, vêm demonstrando que o pensamento desse educador inspira a mudança de práticas desenvolvidas no chão da escola, em um horizonte de emancipação. Esta tese está, assim, pautada na adesão consciente de educadoras à pedagogia crítico-libertadora, aqui considerada uma opção de vida que transcende a educação formal e a prática profissional, e que se expressa como um compromisso ético que concorre para a formação integral de quem a ele adere, em uma perspectiva humanizadora. Para apreender esse objeto, a metodologia de história oral de Meihy e Ribeiro (2021) foi tomada como referência para o registro e a reflexão sobre as trajetórias de vida de duas educadoras entrevistadas, Ana Maria Saul e Eliete Santiago, que são nacionalmente reconhecidas por sua atuação com e a partir das ideias de Freire. A história oral evidencia que o registro e o trabalho narrativos não são uma tarefa individualista, pois as histórias pessoais são sempre atravessadas e influenciadas por muitas outras histórias de vida, as quais são também transformadas em seus entrecruzamentos com as primeiras. Diante do desafio de captar decisões, contradições e inflexões na direção da adesão à pedagogia crítico-libertadora, por parte das sujeitas da pesquisa, objetivou-se responder: Que contextos e decisões de vida favoreceram ou dificultaram o desenvolvimento de uma práxis docente crítico-libertadora consciente por parte de duas educadoras amplamente identificadas por seu trabalho com essa pedagogia? Nesse intento, foram discutidos aspectos centrais da pedagogia freireana, ao mesmo tempo que se buscou identificar marcos históricos e marcas socioculturais nas experiências pessoais e práticas profissionais das participantes, para lançar luzes sobre momentos que ilustram repercussões do pensamento do autor recifense nas trajetórias de vida das educadoras entrevistadas. O conjunto dos achados da pesquisa permitiu confirmar a hipótese de que a adesão consciente à pedagogia crítico-libertadora é uma opção de vida que transcende a educação formal e a prática profissional, uma vez que envolve uma perceptível ampliação do compromisso ético-político dos sujeitos que, por meio da práxis, passam a compreender que a luta por uma sociedade mais justa ultrapassa as barreiras da sala de aula, ao mesmo tempo que inclui esse espaço.