Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Horta, Rogério Lessa
 |
Orientador(a): |
Strey, Marlene Neves
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
|
Departamento: |
Faculdade de Psicologia
|
País: |
BR
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/933
|
Resumo: |
Em relação aos transtornos por uso de substâncias psicoativas, as abordagens terapêuticas consideram modelos explicativos da participação das famílias no estabelecimento destes fenômenos, mas não têm ampliado a resolutividade das intervenções. Além disso, não pode ser estabelecida correlação entre o uso de todos os grupos de substâncias e co-habitação parental ou tabagismo parental nos dados aqui revisados de um estudo com a população adolescente de um município brasileiro de porte médio. Este estudo amplia a perspectiva do fenômeno, a partir de um recorte de gênero, voltando-se ao exame da relação entre mulheres e substâncias psicoativas. O espaço midiático, através dos veículos de comunicação impressa Veja, Zero Hora, Diário Gaúcho e Correio do Povo, é tomado como fonte documental para responder à questão do título: o que a família tem com isso? Os textos foram selecionados por mineração de textos e submetidos à análise argumentativa, que leva à identificação das principais proposições, cada uma desdobrando-se em dados, garantias, apoios e refutações. A Síntese de Argumentos e a elaboração de um Meta-Texto, onde já não se identificam mais os textos originários explicita os resultados. Duas constatações foram destacadas: a emergência de estereotipias - algumas de gênero - e a importância de silêncios percebidos. Três estereotipias destacadas foram a distinção de sexo para as categorias profissionais, os casamentos mencionados serem todos heterossexuais e as medidas terapêuticas mencionadas incluírem apenas hospitalização e orientação médica para interromper o uso da substância. O silêncio passa quase despercebido. O silêncio é o fato de que em nenhum texto as questões ligadas às substâncias psicoativas são relacionadas à ordem política e econômica ou às dimensões sociais e históricas das comunidades. A proximidade entre estes silêncios e estereotipias (de gênero ou relacionadas aos papéis parentais) leva a um padrão repetitivo de atribuição dos problemas com drogas aos indivíduos ou às famílias. Isso estabelece uma forma discreta de sustentação tanto do estado quanto dos mercados vigentes, mantendo o tecido social permeável aos produtos que são as substâncias psicoativas. O estudo leva à recomendação do desenvolvimento de uma nova pedagogia para as famílias, através de um trabalho conjunto entre população em geral e profissionais de mídia, da saúde, da educação e das ciências sociais. Esta proposta deve garantir, desde sempre, espaços de interlocução com menos silêncios |