Percepção dos pais em relação à morte de seus filhos em unidade de terapia intensiva pediátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Halal, Gilda Maria de Carvalho Abib El lattes
Orientador(a): Piva, Jefferson Pedro lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
Departamento: Faculdade de Medicina
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1351
Resumo: Objetivo: Analisar a percepção dos pais de pacientes que morreram em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) em relação ao atendimento prestado pela equipe de saúde nos momentos que antecederam a morte das crianças. Metodologia: Estudo exploratório-descritivo, com uma abordagem qualitativa. Locais: UTIP do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Sujeitos: 15 pais de crianças que morreram no período de abril a setembro de 2008. A coleta de dados foi realizada através de 3 etapas:(a) Os pesquisadores telefonaram para os pais para convidá-los a comparecer nos hospitais; (b) No hospital, os médicos que prestaram assistência às crianças esclareceram dúvidas em relação a terapia oferecida, exames e às decisões de final de vida; (c) Foi realizada uma entrevista semi-estruturada, gravada em áudio, pelos pesquisadores que não participaram da assistência. A análise dos dados foi realizada através da técnica de análise de conteúdo temática. Resultados: A análise originou quatro categorias: a) o momento da morte na UTIP; b) conversando com os médicos assistentes possibilidades de entendimento; c) participação dos pais nos processos decisórios em UTIP; d) participação dos pais na pesquisa momentos de desabafo e possibilidade de satisfação. Os resultados demonstram que os pais sentem falta de um ambiente tranqüilo onde possam realizar adequadamente as despedidas no momento da morte de seus filhos. Eles evidenciaram a solidariedade prestada pela equipe de enfermagem neste momento e ressaltaram o distanciamento da equipe médica. A possibilidade de rediscutir o processo de morte de seus filhos, com a equipe de médicos assistentes, foi considerada positiva. Os pais sentiram que não tiveram uma participação efetiva nos processos decisórios junto à equipe de saúde e foi perceptível que a participação deles estava condicionada às decisões prévias tomadas pela equipe. Conclusão: A pesquisa permite concluir que a dificuldade de comunicação entre equipe de saúde e pais é um fator que interfere negativamente nos processos de tomada de decisões de final de vida e de luto. Além disto, é ressaltada a importância de rediscussão do momento da morte dos filhos entre pais e equipe de saúde algum tempo após a morte.