Erva-baleeira (Varronia curassavica Jacq.) : uma revis?o de escopo e determina??o da composi??o nutricional e qu?mica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: T?sca, Marina Borba
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul
Instituto de Geriatria e Gerontologia
Escola de Medicina
Brasil
PUCRS
Programa de P?s-Gradua??o em Gerontologia Biom?dica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11379
Resumo: Varronia curassavica Jacq., chamada popularmente de erva-baleeira, ? uma planta bastante conhecida no ?mbito farmacol?gico. Devido ?s suas propriedades, principalmente anti-inflamat?ria, tem seu uso descrito na farmacop?ia brasileira como medicamento fitoter?pico. Adicionalmente, ? utilizada por algumas regi?es do Brasil em preparos culin?rios, uma vez que seu aroma e sabor remetem aos de temperos industrializados. Apesar disso, ? pouco descrito sobre sua composi??o nutricional. A presente disserta??o ? composta por dois artigos: I- apresenta uma revis?o de escopo sobre a composi??o qu?mica e nutricional da erva-baleeira, seguindo as diretrizes PRISMA-ScR. Foram realizadas buscas nas bases MEDLINE via PubMed, EMBASE, CENTRAL, WoS, LILACS e BVS. Como literatura cinzenta, foram acessados o Reposit?rio de Teses e Disserta??es da CAPES e o Google Scholar. Incluiu-se documentos originais que abordavam a composi??o qu?mica e/ou nutricional da erva-baleeira, sem considerar limites de idioma, ano de publica??o e tipo de documento (artigos, disserta??es, teses, monografias). Foram identificados 5.078 registros, dos quais 57 foram inclu?dos. A maioria dos estudos (n=54) era sobre a composi??o qu?mica, dois sobre a composi??o nutricional e um sobre ambas. A origem da maioria dos estudos foi o Brasil (n=51). Dos constituintes qu?micos, alfa-pineno, cariofileno e humuleno foram os metab?litos secund?rios mais frequentes. J? os principais nutrientes verificados foram pot?ssio, zinco, mangan?s e c?lcio. Ressalta-se que a literatura ainda carece de estudos referentes ? composi??o nutricional da planta. II- trata da determina??o da composi??o nutricional e de metab?litos secund?rios (compostos fen?licos e flavon?ides) nas folhas da V. curassavica Jacq. provenientes de duas localidades do Sul do Brasil. Coletou-se acessos de Santa Catarina (SC) e do Rio Grande do Sul (RS). No que se refere aos macronutrientes, identificou-se, em ambos os acessos, lip?deos (3,2 % m/m - SC e 3,37% m/m - RS) e carboidratos (7,67% m/m - SC e 7,12% m/m - RS). N?o foi poss?vel detectar prote?nas e a??cares. Quanto aos micronutrientes, foram quantificados os teores de Ca, Fe, Mg, Mn, K e Zn em ambos acessos. Apenas Mg demonstrou diferen?a estatisticamente significativa entre os acessos (teor maior em SC). Em rela??o aos metais, foi poss?vel quantificar o teor de Al, As, Cd, Cu e Ni em ambos os acessos. N?o houve diferen?a estatisticamente significativa entre os acessos. O teor de Pb foi verificado apenas no acesso do RS e n?o foi detectado Sn em nenhum dos acessos. Ainda, dentre as vitaminas analisadas, verificou-se teores para ?cido f?lico (B9). Dos seis compostos fen?licos dosados, os que apresentaram maiores valores foram ?cido fer?lico [166,63 mg/g MS (extrato etan?lico - SC)] e cumarina [60,64 mg/Kg MS (extrato etan?lico - SC)]. J? o flavon?ide mais abundante foi a catequina dosada no extrato aquoso (10,49 mg/Kg MS - RS e 6,37 mg/Kg MS - SC). Conclui-se que quanto a composi??o nutricional, apenas o teor de Mg foi significativamente diferente. J? os metab?litos secund?rios variam de acordo com o local de origem da planta. Salienta-se que estudos acerca do seu uso alimentar necessitam ser ampliados.