Sobre o romance lusófono, a permanência criativa de Eça de Queirós : relações transliterárias entre Eça de Queirós e cinco romancistas contemporâneos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Melo, Francisco José Sampaio lattes
Orientador(a): Remedios, Maria Luiza Ritzel lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Letras
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1885
Resumo: Segmentada em duas partes, a tese trata das relações transliterárias entre a obra e a vida de Eça de Queirós e o romance lusófono contemporâneo. Cinco foram os romances de temática queirosiana abordados: As batalhas do Caia, de Mário Cláudio; Nação crioula, de José Eduardo Agualusa; A visão de Túndulo por Eça de Queirós, de Miguel Real; A bela angevina, de José-Augusto França; e Cem anos sem uma valsa, de Manuel Córrego. Na primeira parte, fizemos um apanhado teórico que abrangeu tanto a investigação a respeito da intertextualidade quanto a teoria da personagem, com o intuito de fornecer um embasamento teórico para a análise que se segue das narrativas contemporâneas pesquisadas. No levantamento sobre a intertextualidade, buscamos apoio teórico sobremodo nos escritos de Gérard Genette sobre o tema. No apanhado sobre a personagem, nós nos fixamos particularmente na teoria da personagem de Philippe Hamon. Na segunda parte, tratamos da permanência de Eça de Queirós nos romances lusófonos selecionados. Investigamos como cada um dos romancistas estudados utilizou o legado queirosiano na construção de sua obra. Mário Cláudio, em As batalhas do Caia, dialoga com um projeto de texto de Eça de Queirós. José Eduardo Agualusa, em Nação crioula, com A correspondência de Fradique Mendes. Miguel Real, em A visão de Túndulo, simula um texto que poderia ter sido escrito por Eça de Queirós. José-Augusto França, em A bela angevina, põe o cônsul português a cortejar uma formosa francesa. Manuel Córrego, em Cem anos sem uma valsa, ressuscita a protagonista de A tragédia da Rua das Flores. Todos os romancistas analisados, enfim, prestam seu culto ao grande mito das letras portuguesas, seja pela retomada de seus textos, seja por transformar Eça de Queirós num personagem demasiadamente interessante às abordagens ficcionais dos autores lusófonos da virada do século XX ao XXI.