O deontologismo e o problema da justificação epistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Albuquerque, João Benjamin Valença
Orientador(a): Almeida, Cláudio Gonçalves de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2893
Resumo: Apresentaremos nesta dissertação um modelo do chamado Deontologismo Epistêmico e a sua relação com o problema da Justificação Epistêmica. Esta relação será analisada através de um paralelo traçado entre a Ética e a Epistemologia utilizando os termos dever e obrigação. Esse paralelo vai se dar entre o principal objeto da avaliação moral, que é o ato (enquanto avaliação de conduta), e o principal objeto da avaliação epistêmica, que são as crenças. Isso se faz importante dado o caráter normativo dos conceitos epistêmicos. O nosso debate vai se dar entre aqueles epistemólogos que defendem uma concepção deontológica da justificação epistêmica e os que se opõem a esta concepção. Há uma tendência geral em fazer uma defesa mais natural do deontologismo epistêmico com base na idéia da possibilidade de um controle voluntário de nossas crenças epistêmicas (Voluntarismo Doxástico). Já para os críticos do deontologismo epistêmico (Involuntarismo Doxástico) é pouco provável que os argumentos do voluntarismo doxástico sejam cogentes. Contudo, Richard Feldman, em seu Ethics of Belief, defende a legitimidade do difundido uso da linguagem deontológica sobre crenças. Segundo ele, nós podemos ter exigências, permissões epistêmicas, etc, mesmo se o voluntarismo doxástico for falso. Assim, desenvolve um argumento apoiado em uma conjunção entre o Deontologismo Epistêmico e o Evidencialismo como resposta aos críticos da concepção deontológica de justificação epistêmica.