Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sanguinet, Eduardo Rodrigues
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Orientador(a): |
Alvim, Augusto Mussi
,
Ubeda, Miguel Atienza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento
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Departamento: |
Escola de Negócios
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9484
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Resumo: |
Surgiu nas últimas décadas uma nova divisão na organização industrial mundial: as empresas se integram com parceiros comerciais estratégicos e geograficamente dispersos, em estruturas fragmentadas baseadas em cadeias globais de valor (CGV). A análise da CGV tem geralmente focado na organização dos fluxos de intermediários entre países, com pouca atenção aos níveis desiguais de integração entre e dentro dos países. Esta tese analisa a geografia da integração nas CGV e as oportunidades de desenvolvimento na América Latina em três artigos. O primeiro considera a geografia internacional, e avalia econometricamente o papel da política comercial na integração latino-americana nas CGV. Os resultados evidenciam que os acordos bilaterais de comércio incrementam a geografia desigual da integração e reforçam a posição exportadora líquida nas indústrias primárias latino-americanas. O segundo artigo inclui o componente espacial na contabilidade socioambiental e avalia os encadeamentos interregionais das emissões regionais e industriais de CO2 e as compensações da integração em cadeias de valor e do nível de intensidade poluidora das redes de produção desde uma perspectiva multiescalar. Avaliouse a interação entre as cadeias domésticas e as globais de valor no Brasil a partir da técnica de extração hipotética bilateral. Para cada fluxo de comércio origem-destino, os resultados destacam a concentração de redes poluentes impulsionadas por desigualdades espaciais. A relativa heterogeneidade mostra que os estados brasileiros periféricos são menos poluentes em termos absolutos, em resposta à especialização em atividades de baixo valor agregado. No entanto, as regiões centrais são relativamente menos poluentes em termos de integração nas cadeias de valor subnacionais e internacionais. O terceiro e último artigo discute a exposição regional às cadeias de valor como resultado de choques exógenos. Simularam-se restrições parciais no consumo intermediário e na demanda final inter-regional associadas às políticas de mitigação da disseminação da COVID-19 no Brasil. Os resultados indicam que as áreas periféricas são duplamente afetadas, pois dependem da demanda das áreas centrais da rede de produção doméstica, e da demanda externa de base exportadora. Por fim, torna-se relevante para a política regional considerar o papel das cadeias de valor a diferentes escalas espaciais para minimizar os efeitos negativos e promover a convergência. Conclui-se que as interdependências espaciais são relevantes para impulsionar estratégias focalizadas de desenvolvimento regional baseadas nas vocações territoriais. |