Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Pagno, Jonas Grejianin
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Orientador(a): |
Oliveira Junior, Nythamar Hilario Fernandes de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2841
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Resumo: |
A verdade é um dos pontos centrais das especulações e meditações filosóficas; ela justifica todos os esforços e sacrifícios de quem a procura, pois são esperadas as mais altas gratificações religiosas, morais e intelectuais. Nietzsche descarta peremptoriamente este modo de proceder; sustenta que não há uma verdade eterna, imutável. Segundo ele, o que existe é a necessidade de estabelecer critérios que possibilitem a sobrevivência humana em sociedade. A verdade só é estimada pelos homens porque há uma vontade de verdade. Dito de outro modo, na base da verdade não há um fundamento metafísico que assegura a sua validade, mas sim uma vontade de tornar fixo e eterno aquilo que está em permanente mudança. Nietzsche denomina vontade de verdade a crença de que nada é mais necessário do que o verdadeiro, de que a verdade é infinitamente superior ao falso, de que a verdade é o valor superior. Sendo assim, é a moral que dá valor à verdade e, evidentemente, a verdade não possui mais a sua autojustificação. Nesta perspectiva, o projeto racional da busca pela verdade a todo custo é descartado e rebaixado a um segundo nível, uma vez que a confiança na razão é um fenômeno moral. Por isso, para Nietzsche, a temática dos valores, especialmente os valores morais, é mais essencial do que a questão da verdade, da certeza. Logo, para ser verdadeiramente crítica, a filosofia deve fazer uma crítica da moral; e esta deve ser desenvolvida numa perspectiva genealógica no intuito de identificar a origem e a invenção dos valores morais. A partir de então, é que surge a auto-supressão da moral na medida em que a vontade de verdade atua contra a verdade enquanto valor superior e contra a moral enquanto doadora de sentido à existência. |