Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Chaves, Carolina Maria Martins Behle Soares
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Orientador(a): |
Silva Filho, Irenio Gomes da
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
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Departamento: |
Instituto de Geriatria e Gerontologia
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2643
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Resumo: |
Introdução: O ferro (Fe) tem sido descrito como um elemento importante nos mecanismos da neurodegeneração. O entendimento do seu metabolismo é fundamental para desvendar à fisiopatologia de doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson (DP). Objetivo: Analisar a associação entre a ingestão de Fe e demais nutrientes da dieta com os níveis séricos de Fe, ferritina (FT) e transferrina (TF) em pacientes com a DP, comparando com indivíduos saudáveis.Metodologia: Estudo transversal com grupo de comparação (n=82 idosos; 52 com DP e 30 sem a doença). Foi aplicado questionário de características gerais e clínicas; avaliação nutricional (MAN e dados antropométricos); recordatório alimentar de 24 horas e registro alimentar de 3 dias para verificação de consumo alimentar; exames laboratoriais para identificação dos níveis séricos de Fe, FT e TF. Pacientes com DP foram avaliados quanto a progressão da doença através UPDRS. Para comparar os níveis séricos de Fe, FT e TF com o estado nutricional e características clínicas, foi utilizado o teste t de Student para as amostras independentes. Para a comparação dos níveis séricos (Fe, FT e TF) com as características clínicas, foi utilizada a análise de variância (ANOVA one way) com teste pos hoc de Bonferroni. Para a análise de correlações dos referidos níveis séricos com MAN, IMC, UPDRS e ingesta de nutrientes, foi utilizado o coeficiente de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%.Resultados: Foi verificado que homens e mulheres com DP apresentam médias de ferro sérico maior do que aqueles sem a doença (p=0,001 e p=0,010). Na análise de FT sérica, foi encontrado um resultado semelhante ao anterior, sendo p=0,007 para homens e p<0,001 para mulheres. As médias de TF sérica também foram maiores nos sujeitos com DP (p= 0,039) em relação aqueles sem a doença. Na análise das correlações, foi verificada relação entre o consumo de alguns nutrientes e reservas corporais de ferro tanto nos indivíduos com a DP quanto naqueles sem a doença. Não foi verificada correlação entre as reservas de ferro e progressão da doença e nem com as manifestações clínicas da DP. Conclusão: Parece haver uma associação entre os níveis séricos de Fe, FT e TF com a DP. Pacientes com a doença tendem ter reservas corporais de ferro mais altas em relação aqueles que são saudáveis. O consumo de alguns nutrientes parece interferir na absorção do ferro, tanto para indivíduos com DP quanto para aqueles sem a doença. É necessário a realização de mais estudos para esclarecer o papel do metabolismo do Fe na DP. |